DestaquesMunicípios

Incêndio destrói ninhos que eram monitorados pelo Instituto Arara Azul em Miranda

O Instituto Arara Azul, uma organização que atua na proteção de araras no pantanal sul-mato-grossense, informou através das redes sociais que perdeu ninhos monitorados na principal base de estudos, na região de Miranda. As estruturas foram destruídas por completo por conta dos incêndios que atingem o bioma.

O local foi consumido pelas chamas no início deste mês, mas somente nesta semana as imagens foram divulgadas pela ONG. “O fogo passou queimando praticamente tudo na região da nossa base de pesquisa na Caiman”, disse a presidente do instituto, Neiva Guedes, em um dos vídeos compartilhados na rede social.

Ainda conforme a fala dela, uma equipe de campo da ONG, que contava com uma médica veterinária, uma bióloga e dois assistentes de pesquisa, trabalha no combate ao fogo. “Foi uma situação muito chocante, nossa equipe passou mal e tivemos que retirá-los da fazenda no sábado e agora estamos retornando”.

Um dos ninhos perdidos, identificado pelo número 2108, era um triplex que estava com dois ovos sendo chocados pelas araras. A estrutura tinha uma câmera trap para filmar o interior e também se queimou. Outro ninho afetado era tradicionalmente utilizado pelas araras, e ficava numa árvore piúva, que queimou na base e quebrou.

“Infelizmente essa tragédia foi superior a 2020 e agora, apesar de desolados, o que nos resta é tentar manejar e recuperar o que podemos. Um exemplo disso são os ninhos artificiais que deverão ser instalados, imediatamente, para que as araras não percam o período reprodutivo”.

Na terça-feira (6), foram deslocadas duas equipes de pesquisadores e assistentes de pesquisa para avaliar os danos e já começar as medidas de mitigação. Estão sendo instalados ninhos artificiais para que as araras não percam o período reprodutivo. Quem tiver interesse de contribuir com a ONG pode entrar em contato pelo email: contato@institutoararaazul.org.br.

Ninhos artificiais. — Foto: Instituto Arara Azul
Ninhos artificiais. — Foto: Instituto Arara Azul