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Imóveis do Governo do Estado e da Sanesul terão energia fotovoltaica; redução será de até 37% nas contas de luz

Foi realizado nesta quinta-feira (29) o leilão de concessão pública para instalação e administração das centrais de energia elétrica fotovoltaica que vão atender a Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul) e também os imóveis públicos do Governo do Estado. O pregão aconteceu na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), tendo como vencedora a empresa HCC Energia Solar.

O projeto prevê 37% de redução de gastos com energia nas instalações do Estado e da Sanesul, além de reafirmar o compromisso com o projeto de carbono neutro para 2030. A meta é incentivar a produção de energia de fontes renováveis, implantando Centrais de Energia Fotovoltaica e contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Através da Parceria Público-Privada, a empresa HCC Energia Solar vai administrar o sistema por 23 anos, no caso do Governo do Estado cuja meta é atender 1.434 Unidades Consumidoras de baixa tensão, e por 18 anos no caso da Sanesul, que prevê beneficiar 463 imóveis.

A concessão consiste desde a implantação, manutenção e até a operação das centrais de energia elétrica fotovoltaica, com gestão de serviços de compensação de créditos, a fim de suprir demanda energética das estruturas físicas da administração pública do Estado e da Sanesul.

Entre as premissas do projeto estão: autoconsumo remoto; matriz energética alimentada por fonte limpa/renovável; terreno escolhido pelo Parceiro Privado (3ha por MWp + 20% de Reserva Legal): o Governo: 50,5 hectares e Sanesul: 27 hectares, usinas conceituais de até 2,5 MW (para possibilitar conexão em média tensão); tecnologia mais avançada (bifacial tracker); demanda das UCs em baixa tensão; ano de referência da demanda: 2021; demanda a ser contratada (flat): o Governo: 26.000.000 kWh/ano e 13.500 kWp e a Sanesul: 14.000.000 kWh/ano  e 7.200k Wp.

Entre os benefícios do projeto estão a redução na conta de energia elétrica das unidades consumidoras de baixa tensão da Administração Pública de MS e da Sanesul; menos suscetibilidade às variações da tarifa de energia elétrica e contribuição substancial para o Programa MS Carbono Neutro.

Valores

No primeiro certame, destinado a atender a Sanesul, o valor acertado foi de R$ 560.110,61 e que representou economia de 20% do valor proposto no edital, que era de R$ 700.138,26 mensais.

Já o segundo, para as estruturas físicas da administração pública estadual, o valor vencedor foi de R$ 970.270,35, o que representa uma economia de 13,36% em relação ao previsto no edital, que estava no patamar de R$ 1.119.850,98 mensais.

MS é pioneiro

“Esse é um projeto pioneiro no Brasil e Mato Grosso do Sul mostrou mais uma vez que é um Estado de inovação. Recentemente eu li que nenhuma gestão pública brasileira consome energia limpa e hoje estamos aqui com esse plano que é pioneiro no leilão da B3 e mostrando que não devemos ficar apenas nos discursos, mas que somos  parte desse plano da preservação do meio ambiente”, disse o secretário estadual de Produção e Meio Ambiente, Jaime Verruck.

Ele destacou também que o Estado tem uma linha definida para a geração de energia limpa, e que esse resultado alcançou o objetivo e foi além. “MS não ignorou a energia limpa e conquistou além, a redução dos gastos. Isso também é importante, porque ainda garante a redução de gastos da máquina pública”.

A secretária Especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, apontou que o projeto é importante também para que o Estado esteja alinhado com as melhores práticas ASG (sigla que remete aos pilares da sustentabilidade, que são o Meio Ambiente, o Social e a Governança), já que, para além da redução dos custos com a energia elétrica, promove-se o incentivo a uma matriz energética limpa e renovável. “Conquistamos nosso objetivo com a geração da energia renovável dentro da estrutura pública de Mato Grosso do Sul, além de garantir a redução dos custos em até 37%”, completou.

Para o grupo investidor, implantar energia solar para atender o Estado de Mato Grosso do Sul é um passo grande e de muita satisfação. “Nós já temos pequenas parcerias com algumas gestões públicas, mas nenhuma neste tamanho, estamos confiantes de uma parceria de sucesso”, disse Lucas Yamamoto, investidor que afirmou ter olhado para Mato Grosso do Sul por ser um estado que vem mostrando um grande potencial na construção de bons projetos de Parceria Público-Privada.

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