Homem que esfaqueou motorista de aplicativo é preso em Campo Grande
Foi preso nesta quarta-feira (15) um auxiliar de serviços gerais, de 24 anos, suspeito de ter esfaqueado 15 vezes a motorista de aplicativo Audineth Aguiar dos Santos. O homem estava sendo procurado desde maio, ele foi localizado no centro de Campo Grande e levado para a Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv).
Segundo a polícia, ele chegou a prestar depoimento no dia 6 de junho. Na data, ele confessou o crime, mas foi liberado. Detalhes sobre a prisão ainda não foram divulgados.
“Vou tirar os pontos hoje e ainda não acredito em tudo que aconteceu comigo, eu não merecia passar por tudo isso. Sonho toda noite com ele me atacando com um faca”, contou a vítima.
Os policiais também cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito e recolheram um celular e roupas usadas no dia do crime. O homem fez exame de corpo de delito, irá prestar depoimento complementar e depois será encaminhado ao presídio.
Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 20 de maio, quando a vítima realizava uma corrida no bairro Santa Emília, entre 20h e 20h30. De acordo com a amiga da vítima, o suspeito pediu para que a motorista entrasse em uma rua que não estava no trajeto solicitado e começou a agredi-la.
Mesmo ferida e assustada, Audineth conseguiu dirigir por alguns metros e acionou o socorro por meio de um sistema de gravação utilizado por motoristas de aplicativo. Pela gravação é possível identificar os momentos de desespero.
Após passar 4 dias internada na Santa Casa de Campo Grande, Audineth recebeu alta e se recupera em casa. Ao g1, a motorista relembra que trabalha como motorista de aplicativo há quatro anos e nunca sofreu nenhuma agressão.
“Estou tomando medicação, ainda tenho dores nos braços e dificuldade em realizar alguns movimentos, mas estou bem na medida do possível. Tenho retorno médico marcado, talvez precise passar por um procedimento cirúrgico no rosto pelas facadas”, relata.
Segundo a vítima, a empresa de aplicativo entrou em contato e se disponibilizou em arcar com os custos de um acompanhamento psicológico.
“A empresa de aplicativo não divulgou nenhuma informação sobre a documentação do passageiro. Eu não posso parar de trabalhar, ele precisa ser retirado da rua por oferecer risco para a sociedade. Não posso parar minha vida por ele, a maldade foi muito grande”.
*Por G1 MS