Grupo de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros recebe R$ 1,3 milhão para resgate avançado
O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul receberá, por ano, um investimento de R$ 1.320.000 que será destinado ao serviço de resgate aéreo avançado em atendimentos de urgência e emergência no Estado, em apoio à Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O Termo de Cooperação entre Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Corpo de Bombeiros e SES foi publicado nessa segunda-feira (05.04) no Diário Oficial.
O valor de repasse, que será feito pela SES, vai custear o pleno funcionamento da aeronave e o suporte às atividades de resgate.
Para o diretor de Saúde e Assessor Técnico do Corpo de Bombeiros, Marcelo Fraiha, o investimento vai possibilitar melhores condições de assistência no nível primário e secundário de atenção. “O recurso financeiro específico para essa atividade de resgate aéreo vai possibilitar mais atendimentos à população de maneira geral”, afirmou.
A aeronave – modelo Baron, bimotor, turbo hélice- já é utilizada em transportes, incluindo o de vítimas. O repasse, no entanto, formaliza o trabalho e garante melhoria na execução de suporte à vida. “Esse Termo de Cooperação vem para formalizar e possibilitar condições melhores de oferecer o suporte avançado”, explicou Fraiha.
Conforme o Termo de Cooperação, a aeronave será utilizada também para transporte de órgãos e tecidos humanos (transplantes), transportes de pacientes que precisem receber “Tratamento Fora Domicílio” (TFD), além do deslocamento de materiais. O serviço aéreo também poderá ser utilizado em apoio às missões do Corpo de Bombeiros e da SEJUSP.
Com a intervenção precoce, em casos onde o resgate aéreo é de fato necessário, é possível reduzir o índice de mortalidade, minimizar sequelas e aumentar as chances de sobrevida, como cita o Termo de Cooperação. De acordo com o protocolo de atendimento, a aeronave terá, além de piloto e co-piloto, um médico e um enfermeiro, ambos bombeiros.
Para que o avião possa ser acionado, a distância de deslocamento precisa ser, no mínimo, de 500 quilômetros, conforme explicou o comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), coronel Luidson Borges Tenório Noleto.
“Entre ida e volta, a distância mínima para que a aeronave seja deslocada é de 500 quilômetros. Desta forma conseguimos viabilizar o serviço. Mas é claro que existem exceções que serão reguladas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde”, afirmou o coronel Noleto.
GOA
O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul foi criado em 2016 e intensificou suas ações em 2020, com a implantação do Serviço Aeromédico (resgate). Neste período o grupo também trabalhou no apoio às operações de combate a incêndios e ações de segurança pública. Transporte de tropas e materiais também estão entre os serviços desenvolvidos.
Atualmente, o GOA possui uma aeronave Baron B58 Beechcraft e Airtractor A802 fire. “Há possibilidade de aquisição de um Cesna 206 que poderá ser usado também no resgate aéreo”, ressaltou coronel Noleto.
Oferecendo continuamente preparação técnica para suas equipes, o GOA está qualificando pilotos que irão atuar em combate à incêndios florestais e que, futuramente, irão pilotar helicópteros da corporação.