Greve Geral ficou só no nome e tentativa de parar o Brasil vira piada
Se a ideia era promover uma ‘Greve Geral’, o ato desta sexta-feira (14), convocado por sindicatos em todo o país, ficou mesmo só no nome. Sem o apoio da classe empresarial e dos próprios trabalhadores, o comércio funcionou normalmente. Em Campo Grande, mesmo com o ponto facultativo devido ao feriado de 13 de Junho (Dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade), a manifestação foi um verdadeiro fiasco e, para completar o quadro negativo, foi alvo de reclamações por parte dos ‘prejudicados’ pelos transtornos.
Os motoristas do transporte coletivo participaram temporariamente da manifestação. Eles só saíram das garagens às 07 horas, quando o horário normal é às 04 horas, o mesmo aconteceu nos terminais de ônibus, que só abriram para o público às 07 horas. O resultado disto tudo foi a superlotação dos ônibus, com todos querendo entrar ao mesmo para evitar mais atrasos no trabalho.
No centro da cidade, sindicalistas de diversas categorias promoveram uma passeata pelas principais ruas e avenidas. Os organizadores contabilizaram uma participação de 15 a 20 mil pessoas enquanto que a Polícia Militar só ‘encontrou’ 4 mil pessoas na caminhada. Uma diferença de público absurda!
Entre as palavras gritadas pelos manifestantes haviam xingamentos e frases contrárias a Reforma da Previdência e também ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), no caso das entidades ligadas aos servidores públicos estaduais. Dois trios elétricos puxavam a multidão, que participava com bandeiras, camisas e faixas.
Nem mesmo os bancários ousaram faltar ao trabalho nesta sexta-feira. A agências funcionaram normalmente me Campo Grande. Se o centro parou por algum momento foi por causa do barulho dos manifestantes, mas não em prol da ‘greve geral’. Não houve isso, a verdade (e absoluta) é que a manifestação foi apenas um ato patrocinado pelo PT numa tentativa de derrubar o governo atual.
A internet faz piada
Se nas ruas a presença do público foi baixíssima, nas redes sociais os internautas não perdoaram. Logo nas primeiras horas do dia, duas hashtags já tomavam conta dos assuntos mais comentados: a primeira, claro, alusiva à paralisação nacional (#GreveGeral); a outra no sentido totalmente oposto, dizendo que haveria trabalho normal nesta sexta-feira (#Dia14BrasilTrabalha), com muitos postando fotos do local de trabalho.
Já no final do dia, com as manifestações terminando por todo o país, outra vez a batalha entre apoiadores e contrários a manifestação impulsionou os assuntos mais comentados. Liderados pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a #BrasilBarraReforma foi usada para apontar que o ato foi um sucesso, enquanto que a #AGreveFoiUmFiasco provava o contrário.
A greve geral desta sexta-feira é realidade e mostra a força dos trabalhadores e trabalhadoras para dar um NÃO é um basta à nefasta reforma da Previdência. Nosso povo tem consciência. #BrasilBarraReforma
— Dilma Rousseff (@dilmabr) June 14, 2019