Famílias começam a receber as chaves dos apartamentos do Residencial Armando Tibana
É possível concretizar sonhos mesmo em meio à pandemia da Covid-19. Dessa maneira, a Prefeitura de Campo Grande, em parceria com o governo do Estado e governo federal, iniciou, na manhã desta quinta-feira (7), a entrega dos apartamentos que beneficiam 192 famílias com moradias dignas e novinhas, que fazem parte do Residencial Jornalista Armando Tibana, localizado na Avenida dos Cafezais, Bairro Centro-Oeste da Capital.
Todas as medidas de biossegurança estão sendo respeitadas para que não haja aglomerações, mediante a entrega programada das chaves aos beneficiários ao longo do dia.
Durante a solenidade rápida e simbólica, o prefeito Marquinhos Trad parabenizou os jornalistas pelo seu dia, já que o residencial entregue leva o nome do jornalista Armando Tibana, falecido em 2013. “Hoje é o Dia do Jornalista e nada mais justo homenagear o saudoso Armando Tibana, que também se tornou figura pública e que, juntamente com a comunidade nipo brasileira, fez a solidificação e a ponte necessária, com ética e dignidade, entre os membros da colônia, que veio em busca de oportunidades neste solo moreno”, relembrou.
Marquinhos Trad ainda ressaltou que todo o planejamento dos equipamentos comunitários e infraestrutura no entorno do residencial foi iniciado há dois anos, à época da contratação da obra. “Não se entregam unidades habitacionais pela Prefeitura e governo do Estado sem água, sem luz, sem rede (de esgoto) e sem os arredores asfaltados. Antigamente, criava-se empreendimentos em pólos distantes que não havia nessas regiões sequer uma Unidade Básica de Saúde ou rede escolar. Então, a alegria momentânea de uma chave se tornava um tormento”, ponderou.
Não é um fim, mas um começo
O prefeito ainda destacou que, para a família que recebe a chave de uma moradia social, trata-se da conquista de um objetivo final, mas para o Poder Público, é apenas o começo de um trabalho voltado ao desenvolvimento econômico e social daquela região. “Na hora que entregamos essas unidades, a alegria transborda no nosso coração, mas a preocupação, a partir de então, é aumentar as unidades escolares ao redor, postos de saúde e toda a infraestrutura necessária porque estamos colocando aqui 192 famílias aqui, o que configura em média 600 pessoas morando no local. Mas há 2 anos, já aumentamos algumas. É isso que é legal e um bom exemplo”, enfatizou Marquinhos Trad.
As 192 famílias que passam a morar no Residencial Armando Tibana a partir de hoje foram sorteadas e selecionadas há 2 anos pela Conssol (Sistema Integrado de Economia Solidária) instituição escolhida mediante chamamento público para a modalidade inédita em Campo Grande – Minha Casa Minha Vida – Entidades, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) do governo federal. “Pela primeira vez, eu e Reinaldo (Azambuja) acabamos com entregas de chaves sem saber de que maneira aquela pessoa adquiriu ou estava recebendo o imóvel. Agora trata-se de uma conjunção de Lei Municipal e Estadual: casa pública em Campo Grande é adquirida por sorteio público”, concluiu o prefeito de Campo Grande.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a parceria entre o governo de MS e Prefeitura de Campo Grande, por intermédio de suas respectivas agências de habitação (estadual e municipal), tem possibilitado a conclusão de mais empreendimentos sociais que atendam às famílias em situação de vulnerabilidade na Capital. “É uma satisfação imensa estarmos aqui com nossas duas Marias: Maria do Carmo Avesani (diretora-presidente da Agehab) e Maria Helena Bughi (diretora-presidente da Amhasf), que fazem um brilhante trabalho à frente da habitação, com essa sintonia bonita de trabalho que vemos resultados”, destacou.
Emoção na entrega do residencial
O irmão de Armando Tibana, Bernardo Tibana, esteve na inauguração do empreendimento para representar a família em memória do jornalista. “É um orgulho tremendo para nós. Quando o empreendimento ainda estava em construção, nós já mandávamos fotos à viúva de Armando (Amélia) que reside atualmente com os filhos em São Paulo. A gente estava contando nos dedos os dias que faltavam para entregar o residencial à comunidade”, afirmou emocionado.
Kátia Floripes de Souza, 31 anos, recebeu as chaves de seu apartamento ao lado do esposo, Alexandre da Silva Caos, que é PCD, também com 31 anos. Casados há 5 anos, ambos moravam na casa da mãe de Alexandre. “Estamos muito felizes e agradecidos neste momento. Aguardamos essa oportunidade de poder ter nosso lugar há muito tempo e hoje realizamos nosso sonho. Já nesta sexta-feira pela manhã vamos iniciar a mudança”, comemoraram.
Ilza da Silva Alves Rodrigues, 72 anos, aposentada com BCP/Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), vai morar no Residencial Armando Tibana com o marido, também de 72 anos e junto ao neto de 12 anos. “Eu pagava mais de 500 reais de aluguel e era muito difícil sustentar a família com o pouco que recebemos. Agora estou muito feliz, graças a Deus recebemos esse presente, que é o nosso apartamento!”, disse com felicidade.
Maria Helena Bughi, diretora-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) acrescenta que todos os beneficiários serão atendidos com hora marcada até o final da tarde. “A equipe da Amhasf vai atender aos beneficiários ao longo do dia para a entrega programada das chaves. É um momento muito emblemático e feliz, mesmo em meio à pandemia que tem assolado a nossa população. São momentos de alegria como estes que nos movem a trabalhar sempre mais, para que possamos viabilizar mais moradias dignas como estas à população”, finalizou.
Residencial Armando Tibana
Além da doação do terreno avaliado em mais de R$ 2 milhões, o município realizou investimento da ordem de R$ 300 mil na infraestrutura externa como asfalto, esgoto e drenagem. Os 192 apartamentos que integram o residencial estão divididos em 12 blocos com 16 apartamentos, cada. As unidades têm 47 metros quadrados cada, divididos em cozinha, sala, 2 quartos e banheiro. Os apartamentos destinados a PCDs foram adequados para receber moradores com deficiência, que possuem necessidades especiais de mobilidade.