Empresários da ’14’ investem em reforma de lojas e novos negócios
O cenário de canteiro de obras não é restrito apenas ao longo dos 1,4 km de calçadas e de pista da 14 de Julho, que entra na reta final das intervenções previstas no Reviva Campo Grande. Dentro de muitas lojas também é intensa a movimentação de operários que estão trabalhando até aos finais de semana na conclusão da remodelagem destes espaços comerciais, enquanto outros estão sendo adaptados para outros nichos de mercado.
Ninguém quer perder o período de maior movimento no comércio, o mês de dezembro, quando o consumidor – com o poder aquisitivo reforçado pelo 13º – compra os presentes de Natal.
Empresas estabelecidas em ruas transversais estão ampliando espaço para o consumidor ter acesso à loja pela 14. É o caso da Gazin Móveis, que está investindo R$ 300 mil para que sua filial da Rua Barão do Rio Branco se conecte com o salão comercial de 1.300 metros quadrados na 14, com direito, inclusive, a escada rolante para facilitar o acesso ao espaço de exposição de produtos montado num mezanino.
O gerente Denilson Lopes Molina, que deixou a cidade de Sinop em Mato Grosso (onde por 5 anos exerceu a mesma função) para trabalhar em Campo Grande, explica que atuará no comando de uma loja que, com a ampliação, passará a ter 3.100 metros quadrados, o que exigiu a contratação de mais 16 funcionários, ampliando para 64 trabalhadores o quadro de pessoal. “A direção da empresa acredita que com este investimento, as obras na 14 de Julho, este provavelmente será o melhor dezembro, em termos de vendas, dos últimos anos”, afirma.
Na esquina da 14 com a Avenida Fernanda Corrêa da Costa, que é uma espécie de “marco zero” do Reviva Campo Grande, os trabalhos estão acelerados num prédio onde por muitos anos funcionou a filial da Rede de Supermercados Comper. O espaço está sendo preparando para se tornar uma galeria com capacidade para sete (07) lojas, praça de alimentação que contará com uma franquia da rede Burger King e uma versão express (com 308 metros quadrados ) do supermercado.
Em outra esquina icônica do comércio campo-grandense, a 14 de Julho com a 15 de Novembro, em frente da Praça Ary Coelho, o empresário Nilson Carvalho Vieira está na contagem regressiva para a entrega das obras, no próximo dia 29. Há 30 anos neste ponto, primeiro atuando no segmento da fotografia, agora também de óptica, está fazendo algumas adequações na loja e vai abrir uma porta adicional com acesso para a 14. “Enquanto as obras duraram tive de fazer alguns ajustes, agora meu planejamento é reforçar o quadro de pessoal para atender o crescimento da clientela”, avalia.
Na expectativa do aquecimento nas vendas com a entrega da revitalização, o empresário Djalma Santos vai abrir sua terceira loja na 14 de Julho, dedicada a bijuterias e acessórios. O prédio onde por muitos anos funcionou uma lanchonete (na sobre esquina com a Afonso Pena), está sendo reformado e adaptado para abrigar a nova loja.
O mesmo movimento de trabalhadores se observa num prédio na altura do número 2.250 (no meio da quadra entre a Dom Aquino e a Cândido Mariano). Dois empresários chineses que estão há dois anos em São Paulo, escolheram Campo Grande para expandir seus negócios no Brasil. Preferem não divulgar o nome da loja (também do segmento de bijuterias) até que o alvará de funcionamento da Prefeitura seja liberado.
O projeto
O Reviva Campo Grande está transformando a mais tradicional via comercial de Campo Grande num autêntico ‘Shopping a Céu Aberto’, sem a poluição visual do novelo de fios das redes elétricas e de telefonia, calçadas padronizadas, arborização e uma atrativa decoração natalina que começa a ser montada nos próximos dias. Conforme a Engepar Engenharia, empresa responsável pelas obras, o projeto está mais de 95% executado. Estão sendo retirados os postes de energia aérea, concluído o novo paisagismo e a arborização.