Empregada doméstica é vítima de injúria racial dentro do local de trabalho em MS
A polícia está investigando um caso de injúria racial ocorrido na cidade de Maracaju na quinta-feira (28). Conforme a ocorrência, uma empregada doméstica, de 42 anos, foi ofendida pelo patrão durante uma discussão no local de trabalho. Em dado momento, o sujeito afirmou para ela: “é por isso que eu não gosto de preto”.
Ao registrar o caso na delegacia, a vítima relatou que trabalha como empregada doméstica na residência há aproximadamente três anos. Na tarde de ontem, quando estava indo para o imóvel, encontrou o seu patrão em um bar e parou para conversar.
Ainda na versão dela, momentos depois, quando já estava na casa realizando as atividades domésticas, o patrão teria entrado já alterado e reclamando da maneira como a empregada se comportou no bar, tendo falado alto com ele na frente de pessoas estranhas.
Ao homem, a mulher disse que falou alto por conta dos problemas de audição dele. Na sequência, o patrão disse que “é por isso que eu não gosto de preto”.
Ainda segundo a vítima, essa não é a primeira vez que o patrão age de maneira preconceituosa, porém, como ele é idoso e por precisar do serviço, ela fingiu não escutar, mas que já está cansada de ser tratada com desrespeito.
O caso foi registrado como injúria na Delegacia de Polícia Civil de Maracaju e está sendo investigado.
Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o crime de injúria racial é espécie do gênero racismo. Portanto, é imprescritível, conforme o artigo 5º, XLII, da Constituição.