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Em treinamento de cadetes, traficante morre em confronto com a PM na Capital

Com o objetivo de preparar os militares para a atuação no dia a dia da rotina policial, um treinamento foi promovido nesta sexta-feira (24) para os alunos do curso de formação de oficiais. A ação aconteceu na Vila Romana, em Campo Grande, e contou com a participação de atores e também da população local, muito embora quem estivesse passando pelo bairro tenha ficado assustado com a movimentação intensa e o barulho de tiros sendo disparados.

Conforme explicou o coronel Franco Alan, comandante da Academia da PMMS, a atividade envolveu 53 cadetes que estão no último ano do curso de formação, que possui quatro módulos e tem a previsão de encerramento em agosto, quando os aprovados serão promovidos à aspirantes. “Para o nosso treinamento usamos todo o aparato policial, como viaturas e armas. Simulamos uma ocorrência de tráfico na qual uma senhora acionou o 190 e fez a denúncia de uma venda de entorpecente”, explicou.

“Os policiais foram até este local com a viatura, mas foram recebidos com agressividade pelos suspeitos. Houve tiroteio entre eles no qual um dos traficantes acabou morto e o outro preso. Foi feito, em seguida, toda a atividade de perícia padrão”, continuou o comandante, reforçando que todos os envolvidos na simulação eram atores e que foram usados tiros de festim, ou seja, ninguém foi morto de verdade conforme vem sendo compartilhado nas redes sociais dos campo-grandenses.

Ainda segundo o coronel, nessa etapa do treinamento cada aluno-cadete fica responsável por um instaurar um inquérito. “Nesse módulo do curso, o ênfase está na parte prática e também na jurídica, da polícia judiciária militar. No caso da ação de hoje, após o confronto com os militares, outras duas equipes foram acionadas e, em uma dessas, estavam dois alunos-cadetes para fazer o registro da ocorrência”, complementou, por telefone.

A cena envolvendo um grande número de policiais militares e tiros chamou a atenção da população, já que muitos não sabiam da ocorrência do simulado naquele local. Para Franco, isso também foi positivo, já que em uma situação real de ocorrência sempre há presença de civis. “Por isso fizemos o isolamento da área de conflito com a fita e todos os demais procedimentos que são feitos em situação idêntica ao de uma ocorrência policial com morte, como a presença da perícia”.

Ao falar da importãncia deste treinamento para a atividade policial, o coronel Franco Alan citou que os alunos-cadetes farão um relatório para apontar o que pode ser melhorado na atuação policial a partir do que viram na aula prática. “Melhora o nivelamento e prepara o policial para os desafios do dia a dia da atividade. Além de ensinar sobre a preservação do local e o comportamento da polícia judiciária militar”, concluiu o comandante.