Em MS, quase 11 mil pessoas tiveram problemas cardíacos em 2023
Dados divulgados pela Abramede (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) apontam que durante o ano de 2023 o Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso do Sul registrou 10.963 mil internações por emergências cardíacas.
Desse total, 10.590 ocorreram em caráter de urgência e 376 eletivos, ou seja, regulados e agendados. Apesar da entidade ter considerado o Estado como o mais crítico em relação às internações emergenciais, o mesmo ficou em segundo no ranking do Centro-Oeste.
Goiás ocupa a primeira posição com 22.363 atendimentos, sendo 20.383 de urgência e 1.980 eletivos. Atrás de Mato Grosso do Sul ficou o Distrito Federal com 10.100 dos quais 9.723 envolveram pacientes na emergência e 377 no atendimento eletivo.
Os dados são de casos registrados nos hospitais do Brasil de pacientes com doença reumática crônica do coração, infarto agudo do miocárdio, doenças isquêmicas do coração, transtornos de condução, arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.
Ainda conforme a Abramede, a cada minuto uma pessoa dá entrada num pronto-socorro devido a crises agudas causadas por doenças que afetam o coração. Somente em 2023, foram 641.980 internações decorrentes dessas causas no País.
A insuficiência cardíaca foi a principal causa de internação, com 206.978 pacientes, entre eles 194.540 em regime de urgência. O infarto agudo do miocárdio vem na sequência, com 102.659 internações, seguido por outras doenças isquêmicas do coração (85.520).
O estudo indica também que os homens foram mais afetados em caráter de urgência, sendo 57% das internações. O risco de doenças cardíacas aumenta consideravelmente com a idade, 67% das internações ocorreram em pacientes com 60 anos ou mais.
A presidente da Abramede, Camila Lunardi, disse que os números mostram a urgência e a importância dos médicos emergencistas, que estão na linha de frente de situações críticas. Este é um dos muitos desafios que se enfrenta todos os dias.
“Por isso, é fundamental fortalecer a infraestrutura hospitalar e capacitar continuamente as equipes de emergência para lidar com o volume crescente e a complexidade dos casos”, ressaltou.