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Em meio ao caos do coronavírus, Lula e Dória dão às mãos contra Bolsonaro

Outrora chamado de ‘almofadinha’ pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), protagonizou nesta quinta-feira (02) um ‘climinha’ com o mesmo rival através das redes sociais, especificamente no Twitter. Os políticos trocaram palavras de gentileza, partindo da mesma opinião contra o coronavírus, para atacar o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

O compartilhamento de postagens começou após Lula elogiar os governadores e prefeitos do país pelas atitudes tomadas para enfrentar o novo coronavírus, doença essa que já matou mais de 25 mi pessoas em todo o planeta, 240 somente no Brasil conforme a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde na tarde de quarta-feira (1º).

Dória replicou as palavras do petista dizendo que os dois têm muitas diferenças, mas que o momento não favorece a exposição de discordâncias políticas. “O vírus não escolhe ideologia de partidos”, escreveu o governador paulista.

Rapidamente, passou-se a ser cogitada uma futura aliança politica entre Lula e Dória para o pleito eleitoral de 2022 num eventual enfrentamento à reeleição de Jair Bolsonaro. Oficialmente, nenhuma das suas lideranças políticas comentou o assunto.

Ainda pelas redes sociais, o líder petista também comentou sobre o pedido de impeachment de Bolsonaro diante de seu comportamento. Vale lembrar que Lula não assinou uma carta da oposição pedindo a saída do presidente da República, o documento teve apoio de Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT).

No contrapé do clima amistoso de Lula-Dória, o filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro (RJ) Carlos Bolsonaro (Republicanos) compartilhou os escritos da dupla opositora dizendo “eis as duas bandas que formam a bunda”.

Até o fechamento deste texto o presidente Jair Bolsonaro ainda não havia se manifestado sobre a “aliança Lula-Dória”. Recentemente, ele usou as redes sociais para rebater uma crítica feita pelo ex-adversário eleitoral Fernando Haddad (PT), que disse a ele não ser o presidente do país.

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