DestaquesPolítica

Em guerra com fazendeiros, indígenas de Douradina pedem a conclusão do processo de demarcação ao presidente Lula

Lideranças Guarani-Kaiowá que residem na zona rural de Douradina, no sul de Mato Grosso do Sul, estiveram reunidas nesse sábado (10) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília (DF), para debater a situação de conflito envolvendo fazendeiros na região.

A chamada Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica já foi reconhecida pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), entretanto, processos judiciais movidos por produtores locais derrubaram a demarcação. A área em disputa tem superfície aproximada de 12.196 hectares e perímetro de cerca de 63 km.

Desde o início do mês de agosto, os indígenas denunciam ataques na região.Em guerra com fazendeiros, indígenas de Douradina pedem a conclusão do processo de demarcação ao presidente LulaEm guerra com fazendeiros, indígenas de Douradina pedem a conclusão do processo de demarcação ao presidente LulaAo longo dos dias, pelo menos 11 indígenas foram feridos por disparos de tiros de borracha disparados pelos fazendeiros e seguranças contratados. O local está sendo escoltado pela Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e a Polícia Militar.

Na última terça-feira (06), a ministros dos Povos Indígenas Sonia Guajajara esteve em Douradina para acompanhar a situação e ainda conversou com o governador Eduardo Riedel (PSDB) sobre os conflitos, cobrando o reforço na segurança. Na oportunidade, ele garantiu que faria todos os esforços para trazer a paz no campo.

“Ao lado dos ministros Sonia Guajajara, Marcio Macedo, Paulo Pimenta e da presidenta da Funai Joenia Wapichana recebi uma comitiva de lideranças Guarani-Kaiowá para tratar do conflito no Mato Grosso do Sul, que se intensificou nos últimos dias”, comentou Lula em uma rede social.

No encontro, grupo pediu ao presidente a desmobilização de um acampamento ocupado por ruralistas que estariam promovendo os atos de violência, mais segurança para a região e a conclusão do processo de demarcação da TI.

Em nota, o Ministério de Justiça e Segurança Pública informou que o documento que identifica a área como de ocupação tradicional indígena segue válido, mas o andamento do processo de demarcação está suspenso por ordem judicial.