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Ei, governador! Por que salgou a minha cesta?

A necessidade faz o lucro. Nada vem de graça no ‘país das segundas intensões’. A caridade, aquela praticada pelos agentes públicos, é apenas um tapete que esconde a real intensão do assistencialismo. É podre, é fedido, é escroto ajudar o próximo visando algo em troca. Triste ver os mais carentes esperançosos pela mão amiga do Poder Público que oferta a ajuda e a cobram, com muitos juros, há cada dois anos (eleição).

O alimento que foi para a mesa estava salgado. Não pelo excesso do tempero, não pelo mal preparo da dona de casa, já cansada do serviço diário. Quem doou acrescentou ingredientes na comida, fizeram arder a boca e salgar o gosto da decepção. No fundo, acreditava-se que em plena pandemia, que matou milhares de pessoas no planeta inteiro, o Governo faria a sua parte de forma honrosa, cuidando de sua gente sem pensar no retorno.

A verdade sempre aparece. É um ditado popular que nunca falha. Pode-se levar meses, anos ou décadas inteiras, mas a verdade sempre aparece e o que parecia ser o crime perfeito torna-se vexame, vira piada. A Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), do Governo do Estado de MS, superfaturou a compra de 60 mil cestas básicas que foram doadas para famílias carentes e idosos. Um rombo nos cofres públicos.

Diante disto, cabe a nós apenas perguntar e refletir: por que? Qual a necessidade de uma gestão pública superfaturar uma licitação? Qual a necessidade de uma empresa já de renome se submeter ao ridículo e aceitar vender mais caro para lucrar um pouco a mais, colocando em risco a própria marca? Quem ganhou com tudo isso, o governador Reinaldo Azambuja, a secretária Elisa Cleia, servidores públicos, os donos da empresa? A verdade é que quem saiu prejudicado foi o pobre, usado mais uma vez como palco para um crime de corrupção.

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