Eduardo Riedel vai em busca da autorização da União para promover a privatização de rodovias federais que cortam o MS
O governador Eduardo Riedel (PSDB) vai para Brasília (DF) na próxima semana pleitear novamente o repasse administrativo das rodovias federais BR-267 e 262, que cortam o Mato Grosso do Sul do oeste ao leste.
O objetivo do Governo do Estado é dar essas importantes vias para a iniciativa privada, da mesma forma como aconteceu com as BRs-158 e 436, nas divisas com os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
De acordo com a agenda oficial, na segunda-feira (06) o governador irá se reunir com o ministro dos Transportes, Renan filho, para tratar do tema, cujas tratativas já foram iniciadas.
“A gente vai reforçar o pedido para que a União passe as rodovias ao Estado. Depois, faremos um projeto para concessionar. Então a gente primeiro precisa dar este passo. Eu acredito que vamos ter êxito”, comentou Eduardo Riedel.
Hoje (1), ele esteve em uma reunião virtual com representantes da empresa Suzano, que está construindo uma megafábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo e defende a duplicação e um terceira faixa na BR-262.
A via tem ao todo 783 km apenas no estado sul-mato-grossense, partindo da fronteira com a Bolívia, em Corumbá, e passando pelas cidades de Bodoquena, Miranda, Aquidauana, Anastácio, Terenos, Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Três Lagoas.
Já a BR-267 tem uma extensão total de 683 km apenas em Mato Grosso do Sul, ligando a região de fronteira com o Paraguai na cidade de Porto Murtinho, onde está sendo construída a ponte sobre o Rio Paraguai, na chamada Rota Bioceânica, passando também por Jardim, Maracajú,Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul e Bataguassu, quando entra no estado de São Paulo.
O movimento destas duas rodovias tem aumentado nos últimos anos em razão da instalação de grandes indústrias de celulose nas cidades de Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Inocência.
O objetivo do Governo é que após o repasse das rodovias federais ao Estado, elas se somem a MS-040 no mesmo projeto, para que juntas sejam encaminhadas para concessão.
“Se fosse feita a concessão só da BR-262, acaba tendo uma rota de fuga pela MS-040, por isto devem estar no mesmo projeto. Este processo conduzido pelo Estado também será mais rápido e ágil do que pela União”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo, que também esteve na reunião juntamente com o secretário de Desenvolvimento, Jaime Verruck.