Doenças respiratórias já mataram 79 pessoas em Campo Grande este ano, revela boletim
O número de óbitos provocados por vírus respiratórios em Campo Grande aumentou para 79, conforme boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (29) pela Sela de Situação da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau). A cidade já não tem mais leitos hospitalares disponíveis e registra mais de 200 pessoas na fila.
Os dados apontam que já foram 1.101 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde o início do ano, sendo 586 casos confirmados, 197 em investigação e 318 não especificado. De forma detalhada, foram:
- 196 casos de Influenza
- 196 de Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
- 107 de Rinovírus
- 44 de Covid-19
- 13 de Metapneumovírus
- 30 de outros vírus respiratórios
Sobre os 79 óbitos, dois estão aguardando a confirmação. Entre os já reconhecidos, 22 foram por Influenza, 10 por Covid-19, cinco por VSR, três por Rinovírus e quatro por outros vírus. Além disso, 33 mortos não tiveram o vírus especificado.
Nos últimos sete dias, 2.210 pacientes foram atendidos nas Unidades de Saúde da Família (USF) e 8.979 procuraram atendimento nas unidades de saúde de urgência e emergência (UPA e CRS). Em abril, a média foi de 2.000 atendimentos por dia em todas as unidades.

Vacina para todos
Desde segunda-feira (28), todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) estão abastecidas e aplicando a vacina contra a Influenza em toda a população a partir de seis meses de idade.
A imunização está disponível para todos os públicos após a ampliação do grupo prioritário. Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (29), 69.291 doses da vacina contra a Influenza já foram aplicadas em Campo Grande.
Destas, 45.276, são do grupo prioritário sendo 6.472 doses apliacas em crianças, 37.834 em idosos e 970 em gestantes, grupos cujas doses são consideradas válidas para o cálculo de cobertura vacinal pelo Ministério da Saúde.
Atualmente, a cobertura vacinal está em 18,52%, com base em uma população-alvo estimada em 238.016 pessoas. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, alerta para o aumento de casos de H1N1.
“No lançamento da campanha vacinamos apenas 56 mil pessoas, mas já poderíamos ter imunizado mais de 180 mil pessoas. Recebemos as doses e temos o público-alvo, mas a adesão foi baixa”, lamentou.