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Disputas de 2024 não irão interferir no casamento do PSDB e PP, garante Gerson Claro

Os embates políticos do próximo ano, quando serão eleitos vereadores e prefeitos, não deverão impactar no casamento entre o PP e o PSDB dentro do cenário estadual. As legendas têm caminhado de mãos dadas desde o pleito passado (2022), quando foi firmada a chapa vitoriosa para o comando do Governo do Estado, através dos eleitos Eduardo Riedel (PSDB), governador, e José Carlos Barbosa (PP), vice-governador.

Na última semana, ao ser questionado sobre a possibilidade dos partidos se enfrentarem nas principais cidades de Mato Grosso do Sul, como Campo Grande e Dourados, o presidente da Assembleia Legislativa (ALEMS), deputado Gerson Claro, afirmou que tal situação já é esperada e que não irá abalarão o apoio dos Progressistas ao governador tucano. Na sua fala, o líder partidário citou que a parceria das letrinhas é pelos próximos quatro anos.

“Em 2022 firmamos uma aliança eleitoral e programática com o PSDB. Saímos às ruas para defender este projeto, que também elegeu a senadora Tereza Cristina [PP]. Nosso compromisso é ajudar na governabilidade, trabalhar para tirar do papel, ao longo dos quarto anos de mandato, o programa proposto e aprovado pela sociedade. Este compromisso será honrado!”, assegurou Gerson Claro à imprensa.

Ainda segundo a fala dele, a disputa entre os partidos por espaço é parte da política, porém, afirmou que “onde for possível, PP e PSDB caminharão juntos em 2024″. “Haverá municípios em que os partidos estarão em palanques diferentes. Tudo dependerá da realidade local e passa também pela capacidade dos atores políticos envolvidos buscarem alianças, demonstrarem potencial de crescimento na aceitação popular. Tudo isto é muito natural da política”.

O presidente da ALEMS citou também que vê como natural o fato dos atuais prefeitos no exercício do primeiro mandato postulem nas urnas mais quatro anos de gestão, como ocorre com os prefeitos de Dourados, Alan Guedes, e a de Campo Grande, Adriane Lopes, essa última, aliás, deixou recentemente o Patriota para ingressar no PP visando exclusivamente a disputa de logo mais, com o apoio político da senadora Tereza Cristina, do vice-governador Babosinha e do próprio Gerson Claro.

“Se conseguirão alcançar seu objetivo, aí dependerá da capacidade deles em fazer alianças, demonstrarem que atenderam às expectativas da população, aplicando bem os recursos públicos. O que importa para o cidadão é se tem remédio no posto da saúde, se há oferta de merenda nas escolas, se as ruas estão bem cuidadas, se as lâmpadas da iluminação pública queimadas são trocadas rapidamente“, destacou o político.

A estratégia que acontece hoje entre os dois partidos repete a mesma que foi usada na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), no qual um ajudou o outro a se reeleger. A parceria foi encerrada exatamente na sucessão do tucano, quando o Trad decidiu investir na sua candidatura ao Governo do Estado, mas acabou caíndo ainda no primeiro turno em uma campanha marcada pelas denúncias de abuso sexual em seu desfavor.