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Dia do Telefone: MS ainda tem mais de 2,1 mil orelhões instalados, mas só 41% estão funcionando

Quando foi a última vez que você usou um telefone público, ou o popular ‘Orelhão’? Melhor, quando foi a última vez que você comprou um cartão telefônico? Talvez responder a essas questões seja dificil, ainda mais em tempos onde a ligação foi substituída por mensagens de texto e áudio.

Nesta sexta-feira (10) é celebrado o Dia do Telefone. A data marca o aniversário do primeiro registro de transmissão elétrica de voz feito por Graham Bell em 1876. De lá para cá, o aparelho passou por incontáveis transformações até chegar ao que hoje chamamos de smartphone.

Outra pergunta para você responder, leitor amigo: como seria a sua vida sem a possibilidade da comunicação instantânea? Aguardar dias e até meses por uma carta, como era no passado distante, é algo que sequer passa pelas nossas cabeças neste mundo digital em que vivemos.

A história narra que a primeira ligação por celular foi feita em 1973, em Nova York, pelo engenheiro Martin Cooper, o cara que inventou a coisa que mudaria a maneira de se comunicar para sempre. Na época, o aparelho pesava um quilo e sua bateria durava 8 horas em espera e 20 minutos em conversação.

No Brasil, os primeiros celulares só começaram a ter sinal 20 anos depois, em 1998, em São Paulo. Até antes disso, se você não tivesse um telefone fixo dentro de sua casa, podia desfrutar da experiência marcante do Orelhão em vias públicas ou locais de grande circulação, como shoppings.

O Orelhão foi criado pela arquiteta Chu Ming Silveira, que veio para o Brasil com sua família em 1951. Ela chefiava o Departamento de Projetos da Companhia Telefônica Brasileira e chegou às ruas do País em 1971 sendo o formato a partir da forma do ovo por conta do isolamento acústico.

Passados pouco mais de 50 anos desde então, a Agência Nacional de Telefônia (Anatel) estima que, ao menos, uma ligação por dia é feita usando o Orelhão no País atualmente. Em Mato Grosso do Sul, na atualização dos dados, são 2.134 orelhões instalados, porém, bem menos da metade está funcionando.

Veja os dados sobre os orelhões em MS:

Funcionam 24 horas:1.964
Adaptados para cadeirantes:250
Adaptados para def. aud. e da fala:64
Disponível:969
Em manutenção:1.165
Disponibilidade:45.41%

No Estado, Campo Grande é a cidade que registra a maior quantidade de orelhões instalados, com 464, dos quais 190 estão em manutenção. Em segundo lugar está Dourados, com 155 instalados, mas apenas 86 funcionando. Em terceiro lugar no ranking vem Corumbá, com 82 equipamentos dos quais 38 funcionam.

Com relação a disponibilidade, apenas quatro cidades em todo o Mato Grosso do Sul não têm nenhum orelhão quebrado. São elas: Japorã, com quatro orelhões; Eldorado, com 10, Vicentina, com 12; e Rio Verde de Mato Grosso, que tem apenas 18 telefônes públicos instalados.

Outras quatro cidades não têm nenhum orelhão disponível no momento. São elas: Juti, que tem quatro instalados; Jateí, com oito; Paranhos, também com oito; e Água Clara, que tem 14 orelhões e todos eles estão quebrados.