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Deputado Jamilson Name pode ter que usar tornozeleira eletrônica

O deputado estadual Jamilson Name (sem partido) teve rejeitado o pedido de prisão, mas poderá ser condenado a usar a tornozeleira eletrônica e ainda a cumprir um recolhimento domiciliar. O parlamentar, que é filho do empresário e bicheiro Jamil Name, se tornou réu por seu envolvimento no esquema da família com a jogatina ilegal e agora está sendo acusado por prática de crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou medidas cautelares em desfavor do deputado. Conforme a decisão, ele não pode se ausentar da cidade e nem mudar de endereço, além de ter que entregar o passaporte e não ter contato com outros réus e testemunhas do processo.

O parlamentar também foi condenado ao uso da tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar, no entanto, essas medidas precisam de uma autorização da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) que, por sua vez, diz não ter sido notificada sobre a decisão judicial.

A defesa de Jamilson Name também sustenta não ter sido comunicada sobre a decisão do juiz e já adiantou que vai entrar com recurso, alegando que tais medidas são “desnecessárias e descabidas”.

O deputado foi o principal alvo da 6ª fase da Operação Omertá, que  apura o esquema de Jogo do Bicho em Campo Grande, bem como a existência de uma máfia que seria a responsável por uma série de assassinatos na cidade. Além de fechar o jogo do Bicho, a ação também já interditou o título de capitalização Pantanal Cap, de propriedade de Jamilson Name.

No entendimento da investigação, o Jogo do Bicho e o Pantanal Cap, embora separados juridicamente, funcionavam dentro de um mesmo esquema cuja finalidade era de manter o caixa da organização criminosa chefiada por Jamil Name e seu filho, Jamil Name Filho. Nas buscas e apreensões, os policiais encontraram cartelas do Pantanal Cap sendo vendidas pelas mesmas pessoas que realizavam o jogo do bicho em bancas e pontos comerciais.

Jamil e Jamil Filho estão presos há mais de um ano na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Em uma das audiências virtuais, Jamil Name chegou a oferecer uma propina milionária ao juiz responsável pelo caso para que fosse solto da cadeia. Para a investigação, o ato pode ter sido forçado para simular que ele não esteja lúcido e ganhe a liberdade devido as condições de saúde e a idade avançada (80 anos).

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