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Denúncia apresentada por Felipe Orro resulta na criação da CPI da Energisa

A Assembleia Legislativa instaurou, finalmente, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Energisa MS, concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul. O grupo irá apurar possíveis irregularidades na mediação da energia, conforme solicitou o deputado estadual Felipe Orro (PSDB), após toda a polêmica criada entorno do assunto naquela Casa.

Orro apresentou a denúncia de um engenheiro de Miranda que contratou uma empresa para fazer a medição do consumo de uma propriedade rural e constatou diferença nos números apresentados pela Energisa. As contas de energia comprovam aumento exponencial no valor cobrado. Conforme consta, em janeiro de 2018, o engenheiro pagou R$ 803,52 de luz, no mês de abril daquele ano a conta já havia subido para R$ 1.376,72 e, no mês seguinte, para R$ 22.515,47.

Nesta terça-feira (12), o presidente da ALEMS, deputado Paulo Corrêa confirmou a criação da CPI, que será composta pelo próprio Felipe Orro, além dos deputados Renan Contar (PSL), João Henrique Catan (PL) e outros dois nomes ainda não definidos. Eles terão 120 dias para executar a investigação, recolhendo documentos, promovendo visitas técnicas e ouvindo depoimentos.

Após a definição dos membros, a Comissão realizará a primeira reunião para eleição do presidente e relator e também para definir a pauta de reuniões e primeiras providências da investigação. “O pedido do parlamentar atende os preceitos básicos para ser deferido, que são requerimento com mínimo de oito assinaturas e fato determinado”, disse Paulo Corrêa durante a sessão que instaurou a CPI da Energisa.

Um dos pontos altos da discussão que impediu a criação da CPI da Energisa semanas antes foi o alto custo que a investigação demanda. Por isso, conforme Corrêa, não haverá custo extra e o grupo deverá agir com advogados e servidores da própria Assembleia e, caso seja necessário, será solicitada cedência de servidores do governo e outros órgãos estaduais.

Felipe Orro acredita que os trabalhos transcorrerão no prazo estabelecido e sem necessidade de gastos extras. “Caso seja necessária alguma auditoria, devemos seguir a mesma linha adotada na CPI da JBS, quando o Tribunal de Contas do Estado cedeu auditores para auxiliarem nos trabalhos”, relatou ele, que é o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor.

Sobre a instauração da CPI, Felipe Orro considerou o fato “uma vitória do povo sul-mato-grossense que não suporta mais pagar altas contas sem um motivo justificado” e afirmou que  “esta comissão vai fazer um trabalho de levantamento de provas para buscar a verdade”.

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