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Criança de 10 anos é enterrada viva pela própria mãe em Brasilândia

Um crime bárbaro neste final de semana assustou aos moradores da pequena cidade de Brasilândia, no leste de Mato Grosso do Sul. Emileide Magalhães, de 30 anos, matou cruelmente a própria filha, uma criança de 10 anos de idade, após descobrir que o seu atual marido vinha tendo relações sexuais com a menina. Além dela, o irmão da vítima, de apenas 13 anos, também foi apreendido por participação do assassinato.

Conforme a investigação, Emileide teria derrubado a filha com uma rasteira e, em seguida, usou um fio de energia elétrica (extensão) para enforcar a criança. Com a ajuda do outro filho, a mulher enterrou a menina ainda viva em uma cova próxima ao lixão municipal. A criança foi sepultada de cabeça para baixo, apenas os pés ficaram para fora do buraco.

Foi a própria mãe que acabou se entregando às autoridades e confessando a ação, que ocorreu no sábado (21). De acordo com a delegacia da cidade, Emileide procurou a polícia alegando, inicialmente, que a filha tinha se perdido na praça da cidade após sair com o irmão mais velho (o garoto de 13 anos). Horas depois, ela ligou para a Polícia Militar e confessou ter matado a própria filha e a enterrado viva.

A mulher chegou a ir três vezes ao local da cova para averiguar se a criança já havia morrido antes de se entregar à polícia. Ela se negou falar com o delegado responsável pelo caso, alegando que só relataria em juízo. Entretanto, disse que cometeu a barbárie em um momento de raiva.

A participação do garoto de 13 anos só foi descoberta após a equipe policial encontrar marcas de arranhões nas pernas dele. Ao ser questionado, o menino acabou confessando ter ajudado a mãe no crime. Na versão dele, a mãe ficou enfurecida ao descobrir que o padastro vinha estuprando a criança, inclusive, a mulher já havia feito ameaças à própria filha caso contasse isso para alguém.

Ainda de acordo com o depoimento do menino, no sábado a mãe chamou as duas crianças para sair de carro e, ao chegar numa estrada vicinal próximo do Lixão Municipal, a mulher parou o carro e passou a torturar a filha até achar um buraco e a jogar dentro. “Ela pedia para não morrer e por socorro dentro do buraco”, disse o menino à polícia.

A Polícia Civil identificou uma testemunha que relatou que a menina havia mencionado, no final do ano passado, ter sido vítima de abuso por parte do padrasto e que não poderia revelar os professores ou para a polícia por medo de apanhar da mãe.

O exame necroscópico identificou que a vítima apresentava várias lesões pelo corpo, indicando possível ocorrência de tortura. A causa da morte foi asfixia mecânica por compressão do tórax, compatível com o relato do adolescente.

A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, crime praticado para ocultar outro crime; ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ela foi encaminhada para o Presídio Feminino de Três Lagoas.

Emileide já tinha passagens por tráfico de drogas e furto. Ao ser presa, foi encontrado um telefone celular dentro dar partes íntimas dela.

O adolescente foi apreendido e será recambiado para uma Unidade Educacional de Internação (UNEI).

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do padrasto da vítima, de 47 anos. Ele é apontado como suspeito de estupro de vulnerável e investigado por eventual participação no homicídio e ocultação de cadáver da vítima.

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