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Corpus Christi: sem tapetes, Paróquias farão missas onlines

Nesta quinta-feira (11) a Igreja Católica celebra a festa de Corpus Christi, um dos eventos mais importantes do calendário litúrgico. Pela primeira vez na história, Campo Grande não terá a tradicional confecção dos tapetes, produzidos com materiais recicláveis e orgânicos. O ato foi cancelado para evitar aglomeração em virtude da pandemia do novo coronavírus.

Neste dia, a participação na missa é considerada obrigatória para todos os católicos. Como  as igrejas estão com as visitações restritas, também por conta do vírus, as paróquias de Campo Grande irão promover transmissão ao vivo das celebrações eucarísticas através das redes sociais.

Também haverá procissão (carreata) com a imagem do santo padroeiro nas comunidades de cada paróquia. As missas serão quase que simultâneas, com início às 08 horas.

Já a Paróquia Universitária São João Bosco, localizada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), inovou e fará uma missa no sistema driver-in, ou seja, os féis poderão acompanhar a celebração no estacionamento, sem precisar sair de seus veículos. A missa terá início a partir das 18h e terá transmissão ao vivo pela FM Educativa UCDB 91,5.

Os carros ficarão estacionados em frente a passarela do estacionamento do bloco C da universidade. A comunhão será levada aos fiéis nos carros pelos ministros da Eucaristia. Após a Santa Missa haverá procissão e benção com o Santíssimo Sacramento entre os carros.

Ainda segundo a UCDB, não será permitida a saída das pessoas de dentro dos veículos e a obrigatoriedade do uso de máscara.

Fiéis participarão da missa de dentro de veículos por conta da pandemia. — Foto: Paróquia Universitária São João Bosco da UCDB/Divulgação

Corpus Christi

A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento.

Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. “O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59).

A celebração teve origem no ano de 1.243, em Liège, na Bélgica, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1.264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1.274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

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