Coronavírus tira Giroto da prisão
O ex-deputado Edson Giroto deixou a prisão na noite de terça-feira (31), em Campo Grande, após cumprir aproximadamente 700 dias de reclusão no Centro de Triagem do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. O político teve a sua pena convertida em prisão domiciliar graças à pandemia do novo coronavírus.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) orientou mandar para casa todos os detentos considerados ‘de risco’. Nessa leva já foram beneficiados o ex-médico Alberto Rondon, condenado por mutilar dezenas de mulheres, entre outro nomes conhecidos do sistema prisional brasileiro.
Giroto responde por corrupção, é apontado como um dos líderes do esquema de desvio de dinheiro no Governo do Estado de Mato Grosso do Sul durante a gestão do ex-governador André Puccinelli. Ele foi condenado a 9 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão em regime fechado e cumpre a pena desde o dia 08 de maio de 2018.
No pedido de conversão da pena, a defesa do político argumentou que ele tem mais de 60 anos de idade (completará 61 anos somente no dia 23 de setembro), hiperplasia prostática (que afeta sua imunidade de modo substancial), faz tratamento para controle do nível de triglicerídeos, colesterol alto, hipertensão arterial e está em estabelecimento prisional com grande população carcerária.
Na segunda-feira (30) o desembargador federal do Tribuna Regional Federal da Terceira Região, Paulo Fontes, acatou o pedido da defesa e justificou dizendo que Giroto tem apelação da condenação a ser julgada pelo TRF, ainda sem data definida. Ele determinou que o ex-secretário fique em casa, saindo apenas com autorização judicial e que comunique à Justiça em caso de mudança de endereço.