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Construção de residencial irá tirar 220 famílias da situação de vulnerabilidade da Favela do Mandela

Para atender as famílias que residem de forma irregular na Favela do Mandela, nas margens do Córrego Segredo, em Campo Grande, a Prefeitura e o Governo Federal, em parceria com o fundo social da Concessionária Águas Guariroba, irão construir três residenciais que ofertarão o total de 220 unidades habitacionais para estes moradores. O lançamento do projeto aconteceu nesta terça-feira (03).

Os novos residenciais Mandela I, II e III serão construídos por uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que será selecionada pelo Chamamento Público 004/2022 e ficarão no bairro José Tavares do Couto, na região do Bairro Nova Lima, em um terreno de dominío público.

Além de dar a moradia, também será realizado o trabalho técnico social junto às famílias, por meio de capacitações e cursos para geração de renda a fim de garantir o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida da comunidade.

Representante da comunidade da Favela do Mandela há quatro anos, Greiciele Naiara Ferreira, de 28 anos, explica que o projeto de reassentamento é a concretização de um sonho para a comunidade. “Não tem preço entrar em um local que será nosso”, enfatizou ela, que é mãe de três crianças de 12, 9 e 5 anos.

Jaine Correia de Melo, de 30 anos, também comemora essa conquista. “Meu sonho é arrumar os quartos dos meus filhos. O mais velho está doido para ter o quarto dele arrumadinho. E agora esse sonho vai se tornar realidade”, celebrou o morador da comunidade. Já Rafaela de Amorim Almeida, de 18 anos, disse que mora no local há mais de 3 anos. “Me lembro de uma chuva forte que levou todo o meu barraco. Só pude segurar o bebê e me esconder embaixo da cama”, contou.

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, o valor integral das obras será de R$ 17.106.894,12. Os residenciais Mandela I, II e III serão construídos com recursos do Financiamento à Infraestrutura e Saneamento voltado ao Setor Público (Finisa), operacionalizado pela Caixa Econômica Federal, no valor de 14 milhões de reais.

Além disso, também serão aplicados mais R$ 3.106.894,12 do fundo social da Águas Guariroba S/A. Para a realização do objeto do Termo de Colaboração no que tange a execução das Ações do Trabalho Social, o valor será de R$ 513.206,82. Os pagamentos referentes à execução do Trabalho Social, serão desembolsados de acordo com o Plano de Trabalho apresentado, através do Funaf, da Prefeitura de Campo Grande.

A Amhasf, responsável pela demanda e classificação das famílias, disponibilizará as certidões de matrículas individualizadas e, juntamente com a Sisep, realizará a fiscalização da execução das obras, seguindo o Plano de Trabalho proposto para o projeto de reassentamento. A próxima etapa será o sorteio da localização dos lotes para cada núcleo familiar.

“Estamos iniciando a construção desses novos residenciais para assegurar moradias dignas. Vocês não terão somente um teto seguro para abrigar as suas famílias, mas acima de tudo, dignidade para ver os filhos crescerem com segurança. Eu também vou trazer o gabinete da prefeita para despachar da comunidade Mandela”, discursou a prefeita Adriane Lopes.

Maria Helena Bughi, diretora-presidente da Amhasf, destacou que a assinatura do Termo de Colaboração representa o sonho que está saindo do papel e se tornando realidade para promover a justiça social. “Mais de 5.200 famílias já foram beneficiadas com projetos de regularização fundiária e vamos continuar com o trabalho aqui, trazendo toda a assistência necessária para ir além da entrega de moradias”, complementou

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