Consórcio Guaicurus e Prefeitura debatem novo valor do passe de ônibus e pedido é para que seja de R$ 8,00
Poucos ônibus, veículos sucateados, motoristas sobrecarregados e terminais completamente abandonados. Essas são apenas algumas das principais reclamações que qualquer usuário do transporte público de Campo Grande faz quando questionado à respeito. No contraponto, o Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas que administra o serviço público há anos, que se defende alegando investimentos realizados na modernização de sua frota, a gratuidade da passagem para estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais e também a vantagem da integração, na qual permite ao passageiro viajar da saída de Cuiabá até a saída de São Paulo, por exemplo, pagando uma única tarifa.
É uma balança que sempre é colocada em equilibrio, porém, nem sempre tão justo. Ao longo do tempo, quem mais sofre com isso é o passageiro, principalmente aquele que paga pela passagem, hoje ao custo de R$ 4,40. Como já é tradição, no último trimestre do ano a Prefeitura Municipal, Consórcio Guaicurus e o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande) travam uma árdua batalha em prol do reajuste da tarifa, onde são colocadas na balança o reajuste salarial dos empregados, preço do combustivel, custo mecânico dos veículos, impostos e outros tantos pontos.
As empresas de viação querem um aumento alto no preço da tarifa, pedem para que o novo valor seja incrivelmente de R$ 8,00 para suprir os custos operacionais, ainda afetados pela pandemia provocada pelo Covid-19 nos anos de 2020 e 2021. Vale citar aqui que o Município concede ao grupo uma série de insenções tributárias, a de maior impacto está no Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), além disso, estão sendo ativados gradativamente os corredores do transporte público que agilizam o trânsito dos ônibus, reduzindo o tempo de viagem e beneficiando o serviço – um desses está na Rua Brilhante e o próximo será no centro.
Esse é o segundo pedido de aumento no valor da tarifa feito pelo Consórcio Guaicurus neste ano. O primeiro foi em junho, quando os motoristas entraram em greve. Diante da situação, o grupo pleiteou aumento do passe para R$ 6,16, porém, a proposta não avançou e o valor antigo foi mantido. Agora, em uma nova rodada de negociações, a única certeza é de que haverá um aumento para o próximo ano, resta saber de quanto será. Além disso, o impato disso será sentido em uma eventual campanha de reeleição da prefeita Adriana Lopes (Patriota), desta forma, o aumento a ser aplicado não deverá ser tão alto como querem as empresas.