Confira as 30 principais sequelas e sintomas persistentes da Covid-19
Pacientes que tiveram Covid-19 em níveis mais graves possuem maior probabilidade de ficar com sequelas. Já os pacientes dos casos mais leves têm relatado apenas dificuldades nas semanas ou meses seguintes à infecção. Os pesquisadores ainda estão avaliando cada caso, mas já há uma relação com pelo menos 30 sintomas decorrentes de quem contraiu o vírus.
A Escola Nacional de Saúde Pública, em Portugal, trabalha em um estudo que irá avaliar a persistência da chamada Covid Longa. Segundo a pesquisa, estima que as sequelas da doença a longo prazo terão um impacto substancial na saúde pública, existem mais de 50 sintomas distintos relatados pós-infecção por Covid-19, sendo os mais prevalentes a fadiga e dificuldades respiratórias, seguidas por perturbações do olfacto e paladar, cefaleias, dor no peito, névoa mental e perda de memória, bem como perturbações do sono.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera “condição pós-covid” os sintomas que surgem três meses após infecção, que duram pelo menos dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.
Para os especialistas, é importante, em termos de sequelas, dissociar aquelas que são efetivamente decorrentes da Covid-19 e outras que possam surgir de circunstâncias de doença mental ou até decorrentes de alterações de estilos de vida determinados pelas medidas pandêmicas.
Estudos mais recentes apontam que os sintomas pós-covid são mais comuns em adultos do que em crianças e mais habituais em doentes não vacinados do que em pessoas que tomaram a vacina.
“E há outra circunstância: pessoas que podem não ter nada na fase pós-aguda e aparecem com quadros, passado algum tempo, que se encaixam na possibilidade de Covid Longa”, acrescenta Bernardo Gomes, pesquisador e médico em Portugal. Entre as sequelas mais comuns da Covid-19, estão dificuldade respiratória e disfunção cognitiva. “No entanto, temos outros quadros de afecção do sistema nervoso.
Na prática, as suas consequências traduzem-se em alterações inesperadas do ritmo cardíaco, arritmias, disfunções do sistema digestivo que persistem. O médico lembra ainda que há doenças cujo número de casos parece ter aumentado no pós-covid, nomeadamente a diabetes, fenômeno que se considera agora estar ligado a uma resposta autoimune exacerbada ao SARS-CoV-2, mas que ainda terá de ser devidamente aprofundado.
Estas sequelas e sintomas do pós-covid são geralmente mais frequentes em doentes hospitalizados ou que tiveram doença grave e, em alguns casos, resolvem-se espontaneamente, mas em outros acabam por persistir “por um período longo e com impacto no dia a dia, na qualidade de vida, na diminuição das horas de trabalho ou obrigando a ter funções revistas”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 10% a 20% das pessoas que tiveram Covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem da fase aguda da infecção, uma condição “imprevisível e debilitante” que afeta também a saúde mental.
Um estudo publicado na eClinicalMedicine revela mesmo que já foram identificados 203 sintomas associados à covid de longa duração e que envolvem 10 órgãos diferentes do corpo humano. O estudo foi realizado com dados de 56 países e envolveu mais de três mil pessoas, tendo concluído que 56 dos 203 sintomas identificados persistiram por sete meses.
Confira a lista de 30 dos sintomas relatados:
- Fadiga
- Dor de cabeça
- Dificuldades respiratórias
- Dor de garganta
- Lesões pulmonares
- Dor no peito
- Tosse persistente
- Dor muscular e articular
- Ansiedade
- Depressão
- Insônias
- Dificuldade de concentração
- Névoa mental
- Perda de memória
- Perda de olfacto
- Perda de paladar
- Irritações cutâneas
- Perda de apetite
- Vômitos
- Dor abdominal
- Refluxo gastroesofágico
- Diarreia
- Incontinência urinária e fecal
- Alterações no ciclo menstrual
- Queda de cabelo
- Arrepios
- Suor abundante
- Arritmias e palpitações cardíacas
- Inflamação do miocárdio
- Edema dos membros