Condomínio Belas Artes começa a sair do papel e promete dar nova cara à região do Cabreúva
Nos próximos dias terá início o serviço de terraplanagem no terreno que está sendo erguido o Condomínio Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande, nos fundos do prédio de mesmo nome, o Centro de Belas Artes. Nesta segunda-feira (05), a Cesari Engenharia, responsável pela obra, informou à imprensa que está realizando o cercamento com tapumes de todos os cinco hectares do empreendimento, etapa inaugural que deve levar pelo menos até o final desta semana.
A construção do condomínio ficou paralisada por dois anos e meio. O projeto que está sendo colocado em prática agora é considerado piloto para futuras obras em todo o Mato Grosso do Sul, com participação do setor público e privado. Por conta disso, o processo de análise da documentação foi mais rígida e demandou mais tempo.
Ao todo, serão 792 apartamentos, sendo que desse totoal 498 farão parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, cujos compradores deverão ter a renda mensal entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400. Outros 80 serão entregues à Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) para famílias desfaveladas e de baixa renda. Os demais 214 apartamentos serão de livre comercialização da própria empresa e imobiliárias parceiras.
Serão três opções (plantas) de apartamentos disponíveis para os clientes, de 52,71 a 53,02 metros quadrados, sendo que todos terão dois quartos, sala de estar e jantar integradas, banheiro social, cozinha, lavanderia e sacada. Na área externa, o Condomínio Belas Artes contará com uma área verde, piscina e garagem para os moradores. Cada unidade habitacional está avaliada em R$ 198 mil e que deverão ter esse valor dobrado quando o projeto for inaugurado, daqui 36 meses, conforme a previsão atual.
Segundo explicou o diretor de Planejamento da Cesari Engenharia, Sinomar Pereira, foram gastos aproximadamente R$ 6 milhões durante o período em que a construção esteve parada. “Já recolhemos aos cofres públicos em ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) R$ 617.562; Seguro Fiança, R$ 1.030.000,00; gastos com a limpeza e manutenção do terreno, mais de R$ 300.000; em Projetos, mais de R$ 1.500.000; R$ 192.908,80 em compensação arbórea, além de outras despesas administrativas e de incorporações”.
O terreno foi avaliado em R$ 20 milhões e doado pelo município. O contrato entre a Caixa Econômica e a empresa foi celebrado no final do mês de abril com a assinatura da Prefeita Adriane Lopes. Na ocasião, ela ressaltou a importância do empreendimento para Campo Grande. “Esse e outros projetos já previstos na região vão fortalecer a economia e o desenvolvimento de toda a cidade, pois é ela quem ganha”, declarou a gestora, na época.
O diretor adjunto da Amhasf, Claudio Marques, falou sobre o interesse da população campo-grandense em obter acesso a novas modalidades de habitação de interesse social. “Durante o 5º Feirão Habita Campo Grande, realizado em novembro de 2021, a Amhasf convocou 13.440 inscritos que tiveram interesse nessa modalidade de financiamento facilitado, especificamente para o Condomínio Belas Artes. Esse panorama atesta o potencial significativo por novas demandas de habitações nesse formato e ainda sinaliza mais investimentos para a Capital, em parceria com o Parque Privado”.
O projeto faz parte da política de habitação do Município, que visa a ocupação de áreas com vazios urbanos e a revitalização do comércio na Zona Especial de Interesse Cultural (ZEIC), por meio da melhoria da infraestrutura e dos espaços públicos. O diferencial está no conceito de fachada ativa, que consiste no uso misto habitacional e comercial (comércio e serviços no térreo); sustentabilidade, a proposta de construção considera a integração de soluções ambientais, de eficiência energética, conforto térmico e acústico, incorporando economia no uso de energia e água, sistema de captação e reuso de água, fontes alternativas de energia e destinação adequada de resíduos.