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Complexo viário José Tavares, no Nova Lima, será concluído este ano

Devem ser concluídas até o final deste ano as obras de revitalização do complexo Viário José Tavares, na região do grande Nova Lima, em Campo Grande. O projeto está orçado em R$ 18,1 milhões e compreende a implantação de 5,9 quilômetros de drenagem e asfalto, além da construção de uma grande bacia de contenção para reter toda água pluvial que até então era canalizada para dentro do Parque Estadual Matas do Segredo.

As obras preveem também a pavimentação de 14,9 quilômetros de ruas e recapeamento de outros 3,6 quilômetros das áreas próximas. Além do Residencial José Tavares do Couto, que dá nome ao complexo, receberão os serviços de infraestrutura os conjuntos habitacionais Oscar Salazar, Silvestre I, II e III, Tarsila do Amaral, Vida Nova 2, José Prates, Coriolando da Silva Correa (I e II) e Parque Iguatemi.

De acordo com o Governo do Estado, que está bancando o projeto ao lado da Prefeitura Municipal, as obras do Complexo Viário José Tavares representam mais que a urbanização e melhoramentos de uma importante e populosa região de Campo Grande. Por acontecerem na chamada zona de amortecimento, terão a função de proteger contra depredações e evitar processos erosivos no interior do Parque Estadual.

Projeto evita erosão no Parque Matas do Segredo

O Matas do Segredo foi criado em 2000 e se estende por 177 hectares, com vegetação típica do Cerrado, localizado na região Norte de Campo Grande, tendo como principal função proteger as nascentes do Córrego Segredo. Vivem ali centenas de espécies de aves, mamíferos, répteis e insetos. Já foram vistos, por exemplo, tamanduá, anta, tatu, mutum, macaco, veado, entre outros.

A obrar ao redor da área ambiental era necessária pois havia o risco de se iniciar um processo erosivo, podendo até mesmo provocar o assoreamento da nascente do Córrego Segredo, um dos mais importantes de Campo Grande. “A água das chuvas de toda parte alta é canalizada para o parque. Com a drenagem e a construção dessa bacia de contenção, esse risco de erosão desaparece”, explicou o gerente de Unidades de Conservação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Tostes Palma.

Outra contribuição importante do complexo, na visão de Palma, é que no trecho em que o parque faz divisa com os residenciais Oscar Salazar e Silvestres, a rua foi afastada e se criou uma extensa área de lazer entre a unidade de conservação e o núcleo urbano. “Isso evita o atropelamento de animais que eventualmente saem do parque à noite e também abre um espaço para recreação para as crianças brincar, sem interferir no parque”.

A urbanização traz outras vantagens do ponto de vista ambiental. Muitas pessoas tinham o péssimo hábito de jogar lixo dentro do parque, protegidas pela pouca visibilidade devido à vegetação alta da faixa que separa o núcleo urbano da unidade de conservação. Em tempo de estiagem prolongada havia o risco frequente de incêndios. “Isso tudo será resolvido com a construção da área de lazer naquele espaço”, afirma o gerente do Imasul.

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