Como programas financiados pelo BID estão mudando a cara de Campo Grande
O crescimento das cidades depende, invariavelmente, da união de iniciativas. Quem anda hoje pela área central da Capital pode constatar a mudança pela qual a região passou nos últimos anos, com ruas como a 14 de Julho totalmente requalificada, garantindo a possibilidade de novos usos, focada na confortabilidade do pedestre. Para andar nas calçadas mais largas, sentar nos bancos ao longo do trajeto ou mesmo usufruir das sombras das árvores, foi preciso um processo de adaptação e ressignificação do lugar, garantido por projetos robustos, estudados para oferecer qualidade de vida ao cidadão.
São preceitos seguidos em todos os programas financiados pelo maior e mais antigo organismo financeiro multilateral do mundo que atua em projetos de desenvolvimento econômico, social e institucional na América Latina e no Caribe, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). E não é de hoje essa parceria da Prefeitura Municipal de Campo Grande com o BID. Em 2008, o Banco aprovou, através do Procidades, uma operação de crédito de US$19 milhões, que resultou no Programa de Desenvolvimento Integrado com a estruturação de projetos urbanísticos como a Orla Morena e a Via Morena.
Em 2018, o Reviva Campo Grande começou uma verdadeira transformação na área central, derivada do empréstimo de US$56 milhões do BID, destinado à melhoria da infraestrutura e espaços públicos que incluíram instalação de linhas subterrâneas de energia e melhoria dos serviços de comunicação, mobiliário urbano e paisagismo, entre outras áreas. Além disso, o Banco financiou projetos piloto de habitação de interesse social, como o Belas Artes, no bairro Cabreúva, e a Vila dos Idosos, em execução; e a contratação de consultorias para a atualização do Plano Local de Desenvolvimento da área central, visando pontos de vista econômico, social e cultural.
A parceria com o BID no crescimento da Capital de Mato Grosso do Sul passa ainda pela Mobilidade Urbana, com a contrapartida do Município em melhorias nos corredores de ônibus.
A coordenadora do Programa Reviva Campo Grande e subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, destaca o BID como um grande parceiro no processo de desenvolvimento da cidade em termos de capacitação, de esclarecimento de projetos, de financiamento, agregando muito valor na formação dos agentes e funcionários públicos. “Já fizemos duas operações de crédito com eles de forma exitosa, dentro dos prazos previstos, então, são programas integrados que começam e terminam, que têm uma funcionalidade e são avaliados em termos de objetivos propostos e isso é muito interessante”.
Catiana considera o Banco como um divisor de águas em relação à execução de projetos públicos de infraestrutura urbana. “Campo Grande avançou muito no sentido de trabalhar projetos mais complexos, integrados, especialmente na área central. Esse último programa trabalhou a recuperação do centro em uma área muito grande requalificada e onde o Município focou em novos conceitos de planejamento, pensando a cidade em uma escala humana, trabalhando a questão da acessibilidade e de rua calma”.