Com Tereza Cristina no comando, PP tem ‘onda migratória’ de políticos em MS
A chegada de Tereza Cristina ao Partido Progressistas movimentou a política sul-mato-grossense. Como já era esperado, a ministra da Agricultura entrou pela porta da frente e, logo de cara, assumiu o posto de presidente estadual. Seguindo os passos da ‘dama da agropecuária’, outros 20 políticos do Estado também estão de mudança e ingressando no mesmo partido.
Nessa sexta-feira (04), o deputado estadual Evander Vendramini deixou a presidência do diretório estadual do PP após quatro anos de gestão e entregou a sua cadeira para a mais nova colega partidária. Tereza Cristina se consolidou nos últimos 10 anos como uma das principais forças políticas de Mato Grosso do Sul e colocará todo esse legado construído até aqui na disputa da única vaga em aberto para o Senado Federal nas eleições deste ano.
Apesar de ter assumido a direção do partido hoje, a solenidade de filiação vai acontecer somente no dia 20 deste mês. Deputada federal licenciada para ocupar o ministério da Agricultura, Tereza Cristina está fazendo uso da chamada janela de transferência partidária, ciclo de 30 dias em que os políticos podem mudar de legenda sem o risco de perderem seus mandatos. Ela estava no DEM, que se fundiu ao PSL para dar vida ao União Brasil.
Tereza Cristina também deve deixar o cargo de ministra no dia 1º de abril, data limite imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para desincompatibilizar. Ela está no posto desde janeiro de 2019 e é vista como uma das principais aliadas do presidente e pré-candidata à reeleição Jair Bolsonaro (PL), inclusive, teve o seu nome ventilado como possível candidata a vice-presidente na chapa a ser encabeçada por ele.
PP cresce em MS
A chegada de Tereza Cristina aos Progressistas fez a legenda ser o grande centro das atenções políticas por aqui. Como já era de se imaginar, muitos deputados, prefeitos e vereadores de Mato Grosso do Sul também estão fazendo a migração e acompanhando os passos da ministra nesta empreitada.
A onda migratória fez a sigla passar de apenas quatro eleitos para 20 em MS, de quebra, agora é o segundo maior partido político no Estado, ficando atrás somente do PSDB. Porém, os números podem aumentar até o fechamento da janela de transferência, em abril.
Tereza Cristina chega com a missão de reforçar os quadros da legenda, antes dirigida pelos deputados estaduais Evander Vendramini e Gerson Claro (vice-presidente), que irão tentar a reeleição. A meta para essa eleição, aliás, é eleger também mais dois deputados estaduais, dois federais e a própria Tereza como senadora.
Quem também está chegando ao PP é o deputado federal Luiz Ovando, ex-PSL/União Brasil. Devem ingressar na legenda ainda os deputados estaduais Londres Machado (PSD), Paulo Duarte (MDB) e Lucas de Lima (Solidariedade), o secretário Jaime Verruck (Semagro) e o diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Júnior.
Além de Tereza Cristina (presidente) e Ovando, integram a nova composição partidária Ademar Silva Júnior (secretário-geral), deputados Evander Vendramini e Gerson Claro, prefeitos Cleverson Alves dos Santos (Costa Rica), Clediane Areco (Jardim), Dalmy Crisóstomo da Silva (Alcinopolis), Edilson Magro (Coxim), Enelto Ramos da Silva (Sonora), Lidio Ledesma (Iguatemi), Manoel Nery (Camapuã), Reus Antonio Sabedotti Fornari (Rio Verde), Thalles Henrique Tomazelli (Itaquiraí), Vanda Camilo (Sidrolândia), William Fontoura (Pedro Gomes), Edervan Gustavo Sprotte e Fabiana Maria Lorenci (Eldorado).