Com mais de 6,7 mil casos, Campo Grande tem oito bairros listados como de risco para a dengue
Campo Grande registra no acumulado deste ano 10.314 notificações de dengue, somando tanto os casos suspeitos quanto os que já foram confirmados através dos exames de laboratório. Dados do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), desenvolvido pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), apontam que pelo menos oito regiões da cidade estão na área vermelha, que representa risco para a doença.
De acordo com o documento, os bairros que compreendem a Unidade de Saúde da Família (USF) do Iracy Coelho e das Unidades Básicas da Saúde (UBS) do Coophavilla e 26 de Agosto são os considerados mais críticos, pois estão com o Índice de Infestação Predial (IPP) superior a 5%. Esse índice é considerado crítico quando ultrapassa a marca de 3,9%, além desses, também foram listados as regiões atendidas pelas UBSs Aero Rancho, Silvia Regina e Dona Neta e também da USF do Vida Nova e Botafogo.
Outros 38 bairros estão em situação de alerta (cor amarela), com índice de 1 a 3,9%, e mais 66 apresentam índices satisfatórios (cor verde), ou seja, estão abaixo de 1%. O LiRAa completo pode ser conferido clicando aqui. Os números foram coletados de 01 janeiro a 16 de maio. Até agora, foram 6.710 pacientes confirmados e dois óbitos provocados por dengue, um caso de Zika e seis de chikungunya.
População não deve apenas esperar pelo Poder Público
Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, os índices acendem um alerta sobre a importância da conscientização. “A maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal”, destacou.
O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. As ações de combate à proliferação do mosquito estão sendo intensificadas nos bairros com maiores índices de infestação e dentro da rotina nas demais regiões.
“O trabalho de combate ao Aedes aegypti é constante. Diariamente as nossas equipes estão empenhadas nas ações de rotina e mutirões com o objetivo de reduzir os índices de proliferação e, consequentemente, de notificações da doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, zika e chikungunya”, citou a superintendente.
No fim do ano passado, o Município iniciou mais uma edição da campanha Mosquito Zero, que se estendeu até o mês de março deste ano. Em pouco mais de cinco meses, aproximadamente 55,3 mil imóveis foram inspecionados nas sete regiões urbanas. Ao todo foram 39 mil depósitos e 2,6 mil focos eliminados.