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Movimento pede a reabertura das igrejas em Campo Grande

A reabertura do setor comercial em Campo Grande ao longo da última semana provocou a indagação de pastores e coordenadores de igrejas evangélicas. Ora, se mercados, lotéricas, lojas do centro da cidade, entre outros lugares puderam retomar a rotina, por que os templos religiosos continuam impedidos de promoverem seus cultos e adorações?

Foi neste sentido que o movimento ‘Marcha Para Jesus de Campo Grande’ lançou no domingo (12), nas redes sociais, a campanha #QueroMinhaIgrejaAberta.

“Estranha-nos o fato de que restaurantes podem abrir, pessoas estão se amontoando em filas para receber vacinas, filas também para receberem ajuda financeira, ônibus funcionando com pessoas sentadas lado a lado, o comércio voltou a funcionar e apenas as igrejas estão sofrendo duras restrições com relação ao seu funcionamento.”, cita o texto da ação no Facebook e que já obteve mais de 900 compartilhamentos.

O Movimento defende que as igrejas e templos religiosos também são um serviço essencial para a sociedade. Entre as justificativas destaca-se a luta contra a depressão. “Nos cultos, pessoas recebem oração que alivia o coração, muitos podem ser livres de males como a depressão, por exemplo, livrar alguém que está prestes a cometer suicídio.”, ressalva o texto da campanha.

https://www.facebook.com/marchaprajesuscgms/posts/1972950879515313

A iniciativa ganhou o apoio de políticos. Vereadores de Campo Grande aderiram à causa e adotaram a hashtag no intuito de obter o aval da Justiça para que as igrejas possam ser reabertas ao público.

“Atendi recentemente a uma pessoa durante a minha live na rede social que dizia estar pronta para cometer suicídio, pois já não suportava ficar dentro de casa.”, comentou o vereador Gilmar da Cruz (Republicanos), um dos apoiadores da iniciativa. “Com as igrejas fechadas há quem essas pessoas que precisam do auxilio espiritual irão recorrer?”, questionou.

Segundo ele, os pastores e demais líderes religiosos, independente da religião, são pessoas comprometidas e responsáveis. “As igrejas sempre obedeceram aos decretos da Prefeitura Municipal, colocando a distância recomendada entre um banco e outro, oferecendo o álcool em gel e fazendo a higienização constantemente.“, frisou.

Vereador Gilmar da Cruz

Para Gilmar da Cruz, as igrejas devem ser consideradas pela Justiça como um serviço essencial. “Tenho ouvido muito das pessoas que elas querem ir às igrejas para orar, para conversar com Deus especialmente diante de uma pandemia como essa.”, disse. “Os pastores querem ver seus templos abertos.”, completou.

Impasse

Apesar do Decreto publicado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (Sem Partido) considerando as atividades religiosas, de qualquer natureza, essenciais, em Campo Grande uma decisão do desembargador Amaury da Silva Kuklinski, do Tribunal de Justiça (TJMS), proibiu a presença do público em missas e cultos evangélicos.

A medida atendeu ao pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para garantir o isolamento social diante do contágio do novo coronavírus. De lá para cá as igrejas vêm promovendo cultos e missas virtuais, com transmissões diárias pelas redes sociais.

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