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Com 42 mortes registradas, Estado vive dia fatídico e preocupante

O caos que tomou conta do País nos últimos dias com o aumento dramático nos números da Covid-19, também está se refletindo em Mato Grosso do Sul, que registrou novo recorde em número de mortos em consequência da doença.

Logo na abertura da live desta quarta-feira (17), feita pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o secretário de Saúde, Geraldo Resende, lamentou as más notícias. Principalmente porque o dia de hoje, segundo ele, foi o mais fatídico de todos os meses de enfrentamento da doença no Estado.

Com mais 1.447 novos casos, MS soma a triste marca de 632.502 pacientes infectados pelo vírus e 3.709 mortes. Somente nas últimas 24 horas, 42 pessoas não conseguiram resistir à gravidade da doença.

Os números de hoje

As cinco cidades com maior número de novas infecções nas últimas 24 horas são as seguintes: Campo Grande continua com índices altíssimos de contaminação, registrando 400 novos casos. Em seguida, Três Lagoas +198; Dourados +98; Naviraí +84 e Corumbá +50.

Os óbitos aconteceram em 19 municípios. Na Capital 14 pessoas perderam a luta contra a doença. Corumbá, 4; Dourados e Naviraí perderam 3 pacientes; em Costa Rica, Novo Horizonte do Sul e Paranaíba foram 2 óbitos em cada uma.

Os municípios que registraram uma perda foram Água Clara, Angélica, Aquidauana, Cassilândia, Chapadão do Sul, Itaquirai, Ladário, Maracaju, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Sidrolândia e Três Lagoas.

Descaso da população

Para o tamanho da população do Estado o número de mortes e contaminações é desalentador, destacou o secretário. ”Estamos colhendo o que plantamos nas últimas semanas, com festas clandestinas, feriados, aglomerações o desrespeito às regras sanitárias que fez o vírus se espalhar”, explicou.

A média móvel de óbitos em todo o Estado é de 1.021,3. Um quadro realmente dramático que se agravou nos últimos 21 dias, conforme gráfico do Boletim Covid-19. Em três semanas a média móvel que antes era de 13,1% foi para espantosos 27,6%.

Caso não haja diminuição na mobilidade nos próximos 14 dias, o quadro continuará se repetindo. “Precisamos reduzir a taxa de contaminação”, disse a secretaria-adjunta, Christine Maymone.

Colapso nos hospitais do País

Com a marca de 281.626 perdas humanas no País, registradas na terça-feira (16) e 11.594,204 casos de Covid-19, o sistema hospitalar da maioria das cidades brasileiras entrou em colapso. Não existem leitos nem nos grandes hospitais privados.

A doença, segundo Resende, é democrática e atinge pobres e ricos, idosos e jovens. Por isto é importante entender tecnicamente que estamos no pior momento da pandemia, explicou.

Daí a importância de seguir os protocolos e as novas restrições decretadas pelo Governo do Estado. “Nossa opção foi salvar vidas”, disse, chamando a atenção para as consequências de não obedecer às regras vigentes: “Daqui há 3 semanas pode ser que você vá bater na porta de um hospital e não encontrar leito”, ressaltou.

O secretário criticou as manifestações feitas na cidade contra as medidas sanitárias, justamente quando estamos vivendo a maior tragédia sanitária e hospitalar do Brasil que repercute no MS. “Essas pessoas são mensageiros da morte”, desabafou.

E fez um apelo: “Aqueles que gostam das suas vidas e que amam suas famílias, nos ajude a atender e respeitar as restrições. Elas foram feitas por cientistas renomados, por pessoas que sabem o que fazem”.

Com a nova variante em circulação o risco de contágio é imenso. Por isto o apelo das autoridades sanitárias precisa ser tratado com a maior seriedade. “Não queremos que aconteça aqui o mesmo que aconteceu no Amazonas”, disse o secretário.

Acesse aqui o Boletim completo.

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