DestaquesSaúde

Com 16 óbitos em 16 dias, covid-19 mata uma pessoa por dia em MS

O mês de junho já é o pior período do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Foram 16 óbitos confirmados pela Secretaria do Estado de Saúde (SES) até as 19 horas de segunda-feira (15), conforme mostra o boletim epidemiológico da doença divulgado na manhã desta terça (16). Com isso, a média chega a um óbito por dia.

No mês de maio, o total de mortos por covid-19 no Estado foi de 11, enquanto que em abril foram oito e, em março, apenas um, que foi a primeira vítima fatal computada em MS. Atualmente, a letalidade da doença é de 1%, segundo os cálculos da SES.

Somente nas últimas 24 horas, MS registrou mais três óbitos, sendo eles um morador de Corumbá, uma moradora de Rio Brilhante e uma moradora de Paranaíba, passando para 36 mortes pela doença no Estado.

Ao todo, 36 pessoas já faleceram com covid-19. Destes, 8 foram em Campo Grande, 5 em Três Lagoas, 2 em Batayporã, 2 em Paranaíba, 1 em Vicentina (ocorrido no Estado de São Paulo), 5 em Dourados, sendo 1 douradense que morreu em Tocantins, 2 óbitos de Brasilândia, 2 em Itaporã, 1 em Iguatemi, 2 em Rio Brilhante, 1 em Sidrolândia, 1 em Ponta Porã, 2 em Corumbá, 1 em Douradina e 1 em Deodápolis.

Próximo de 4 mil casos

De acordo com o boletim diário da SES, foram 234 novos exames positivos nas últimas 24 horas. Agora, o número de casos confirmados da doença é de 3.785. Das 79 cidades, 59 já contabilizaram ao menos um paciente com o vírus.

Dourados ainda é o epicentro, foram 95 novos casos de ontem para hoje. Campo Grande aparece em segundo lugar, com 64 novos registros, seguida por São Gabriel do Oeste, com 10, Ponta Porã, nove, e Corumbá, oito.

A lista segue com Bonito (6), Naviraí (6), Sonora (5), Três Lagoas (5), Paranaíba (4), Chapadão do Sul (3), Guia Lopes da Laguna (3), Caracol (2), Jardim (2), Maracaju (2), Mundo Novo (2), Aparecida do Taboado (1), Bodoquena (1), Brasilândia (1), Glória de Dourados (1), Itaporã (1), Ivinhema (1), Rio Verde de Mato Grosso (1), Novo Horizonte do Sul (1), Terenos (1) e Vicentina (1). A cidade de Fátima do Sul descartou dois casos.

Dos 3.785 casos confirmados, 1.498 estão em isolamento domiciliar, 1.969 estão sem sintomas e já estão recuperados e 93 estão internados, sendo 49 em hospitais públicos e 44 em hospitais privados. Quatro pacientes internados são procedentes de fora do Estado e um paciente internado é de outro país; 1.234 exames aguardam resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 1.232 casos não foram encerrados pelos municípios.

Estamos preocupados?

No entendimento do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o aumento de casos em MS tem relação direta com o baixo isolamento social da população. A taxa do Estado é de 36,1% de adesão e a média de recolhimento continua a mesma das outras segundas-feiras de junho, que apontaram 35,1% (8.6) e 37,4% (1.6).

Campo Grande ocupa o penúltimo lugar entre as capitais brasileiras com índice de 35,4% mapeado neste primeiro dia da semana. As regiões com maior movimentação foram: Vila Popular (16,1%), Tiradentes (16,7%), Rita Vieira (17,4%), Jardim Zé Pereira (20%), e Jardim Noroeste (20,5%).

Mesmo sendo o epicentro da doença no Estado, Dourados teve isolamento de 37,8% nesta segunda. O comportamento da população apresenta queda se comparado a primeira semana do mês de junho que registrou taxas acima dos 40% durante todos os dias úteis.

Isolamento nas ultimas 4 semanas em Dourados

A alta movimentação e baixa adesão ao distanciamento social registrados em Campo Grande e Dourados, não são diferentes nos municípios do interior do Estado que teve o menor índice mapeado em Aral Moreira (22,9%) e o melhor em Paranhos (50%) para esta segunda. Confira aqui a relação completa de municípios.

Os números atuais da Covid-19, que já atinge 75% dos municípios de Mato Grosso do Sul, são reflexo da desobediência. “A participação de cada um é fundamental para que a evolução da doença não aconteça com a velocidade que está acontecendo aqui no Mato Grosso do Sul. O padrão de isolamento social no mundo todo é 70%, mas se conseguirmos atingir 60% muitas vidas serão preservadas”, alertou Geraldo Resende.

Deixe um comentário