Colheita do milho deve se estender por mais um mês em MS
A última semana foi de avanço na colheita do milho segunda safra em Mato Grosso do Sul. O percentual colhido passou de 20,5% para 38,9%, de acordo com o boletim técnico do Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio). O período de colheita deve durar até 18 de setembro.
Dados do boletim técnico 371/2020, que pode ser conferido aqui, mostram que o Estado está atrasado na colheita, que está 54,5% inferior em relação à safra 2018/2019. A chuva desta semana deve contribuir para desacelerar as máquinas e estender ainda mais o período de colheita.
O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, explica que na região norte, onde o clima é mais seco e estável, a média colhida passa dos 60% e municípios como Alcinópolis já estão perto de concluir a retirada do milho da lavoura. Porém, na região sul do Estado a média é de 32%, onde há municípios com apenas 10% da safra colhida.
“Na região norte também encontramos as maiores produtividades, mas mantemos a previsão para o Estado de 76 sacas por hectare. Só poderemos saber se esse número vai mudar nas próximas semanas, conforme a colheita avançar mais”, explica o presidente da Aprosoja/MS ao lembrar que os estragos causados pelos temporais da última semana ainda estão sendo avaliados.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck destaca que o acompanhamento da safra por meio do Siga/MS é um dos mais modernos e eficientes do país. “A parceria que temos com a Famasul e a Aprosoja/MS possibilita um ótimo monitoramento da safra. Para que a gente possa fazer o planejamento dos grãos no Estado”.
Até o momento, 54,82% do milho de segunda safra já foi comercializado e o preço está em alta, na casa dos R$ 44,29 a saca. Mato Grosso do Sul tem expectativa de colher 8,195 milhões de toneladas com produtividade média de 72 sc/ha, podendo ser revisada com o avanço da colheita no Estado.
Foram 1,895 milhão de hectares plantados com milho na safra 2019/2020, o que representa redução de 12,79% no total comparado a safra passada. A redução se deve as condições climáticas adversas na época de colheita da soja.