CNJ mantém aposentadoria compulsória a desembargadora que beneficiou filho preso
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta sexta-feira (10), por unanimidade, manter a aposentadoria compulsória a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).
O Conselho, por unanimidade, resolveu por não alterar o resultado do julgamento de fevereiro, seguindo voto do relator, conselheiro Luiz Fernando Tomasi Keppen. Keppen afirma, no relatório, que “não conheceu dos embargos declaratórios, mas reconheceu a existência de omissão para supri-la, no sentido da fundamentação, sem, contudo, alterar o resultado do julgamento”. Presidiu o julgamento o Ministro Luiz Fux.
A aposentadoria compulsória é a pena máxima prevista para a magistratura. Com a decisão do CNJ, Tânia Borges terá direito a receber a aposentadoria com proventos proporcionais. Ela estava afastada desde 2018 e, desde fevereiro, aposentada compulsoriamente.
O G1 entrou em contato com o advogado dela, André Borges, mas ele não havia respondido até a publicação desta reportagem.
Benefício ao filho
O CNJ entende que, em a desembargadora usou a condição de magistrada para beneficiar o filho, preso acusado de tráfico de drogas.
Câmeras de segurança registraram a desembargadora chegando em um carro junto com um delegado da Polícia Civil e um advogado para cumprir a ordem de transferência do filho para uma clínica psiquiátrica.
Breno Borges foi preso em março de 2017, transportando 130 quilos de maconha e 200 munições de fuzil. Breno tinha outro mandado de prisão por suspeita de ter colaborado na fuga de um chefe de tráfico.
*Por G1 MS