Cliente faz pedido em app e escreve: ‘Mandem entregador branco, não gosto de pretos nem pardos’
Ao fazer um pedido de comida para uma confeitara por meio de aplicativo, uma pessoa quis especificar a cor da pele do entregador, em Goiânia.
A situação causou indignação e constrangimento na empresária que recebeu a solicitação. Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) da Polícia Civil não recebeu denúncia formal, mas deve investigar o caso.
O iFood informou, por meio de nota, que “repudia qualquer ato de discriminação” e que irá “iniciar um processo de investigação interno para que as devidas providências sejam tomadas, incluindo o descadastramento do cliente” – leia íntegra ao fim da reportagem.
Investigação
A empresária disse que preferiu não denunciar o caso à Polícia Civil. “Achei melhor deixar nas mãos dele com receio de constrangê-lo ainda mais”, explicou.
O delegado Joaquim Adorno, que chefia o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), disse que não recebeu nenhuma denúncia do caso diretamente, mas que a situação será investigada.
“É um crime de ação pública incondicionada, então a Polícia tem a obrigação de apurar. […] Esse tipo de comportamento pode ser configurado como prática, incitação ou induzimento ao preconceito ou discriminação de raça, cor ou etnia, […] com pena de prisão de 1 a 3 anos”, detalhou.
Nota completa do iFood
O iFood lamenta o caso e reforça que repudia qualquer ato de discriminação. A empresa preza por relações e ambientes seguros e livres de assédios, preconceitos e intimidação em todas ações que realiza, sempre baseado em respeito, conforme os valores presentes em seu Código de Ética e Conduta.
Por conta desse episódio, vamos iniciar um processo de investigação interno para que as devidas providências sejam tomadas, incluindo o descadastramento do cliente.
O iFood ressalta a importância de que sejam registrados em Boletins de Ocorrência junto às autoridades de segurança pública e segue à disposição para colaborar com as investigações, caso seja solicitada.
*Por G1