Capital terá armadilhas para monitorar mosquito Aedes aegypti
Até o primeiro semestre deste ano, as sete regiões urbanas de Campo Grande devem receber armadilhas que servirão para medir a presença do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, auxiliar nas ações de controle. As chamadas ovitrampas já foram instaladas em bairros das regiões Imbirussú e Lagoa e, recentemente, este trabalho foi iniciado na região do Anhanduizinho. Aproximadamente 970 armadilhas e três aspiradores para a captura de mosquito foram doados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro (RJ) para serem utilizados neste trabalho.
De acordo com informações da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), as armadilhas são colocadas em imóveis pré-definidos, com o consentimento do proprietário, onde permanecem por um período inicial de sete dias, sendo posteriormente recolhidas e levadas ao laboratório da coordenadoria para a checagem e contagem de ovos, o que vai revelar a proporção na incidência do vetor.
Com isso, é possível mensurar se houve ou não aumento na infestação do Aedes aegypti naquela localidade, otimizando assim o trabalho.
As ovitrampas simulam o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito.
“Nele, é inserido uma palheta de madeira, que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos. Dentro do recipiente, é colocada uma substância larvicida. Dessa forma, conseguimos observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva”, explica o assessor-técnico da Coordenadoria de Vetores, Lourival Araújo.
LiRaa
O trabalho de atualização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) continua sendo realizado nas sete regiões de Campo Grande. O levantamento é importante para mapear os pontos mais críticos e auxiliar nas ações estratégias a fim de otimizar as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e garantir que as mesmas sejam efetivas.
Dados epidemiológicos
Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.
Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior. Foram 355 notificações contra 519 de 2018.
Até o dia 08 de janeiro deste ano já foram notificados 59 casos de dengue e 1 de zika em Campo Grande.