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Campo Grande terá Centro de Referência Paralímpico para desenvolver atletas da base ao alto rendimento

A Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte) implantará o Centro de Referência Paralímpico Brasileiro em Campo Grande, em parceria e sob orientação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A unidade, em dois polos, vai fomentar a prática de modalidades paradesportivas, da base ao treinamento de alto rendimento, atendendo a atletas da capital e interior.

O acordo de cooperação, com vigência até dezembro de 2024, já foi assinado e as atividades devem iniciar ainda este ano, a depender do cenário pandêmico da Covid-19.

Vistoria técnica será realizada nos dias 21 e 22 de junho pelo supervisor de Centros de Referência do CPB, Filipe Lopes Barboza. O polo um será instalado no Centro Esportivo Mamed Assem José (conhecido também como Poliesportivo da Vila Almeida) e trabalhará, inicialmente, com o parabadminton e goalball.

O segundo ficará na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde já é desenvolvido o projeto de extensão “Incluir pelo Esporte” pela Coordenadoria de Cultura e Esporte (CCE/Proece), com cooperação da Fundesporte. O programa tem orientação da professora doutora Marina Brasiliano Salerno e conta com aulas ministradas, entre outros profissionais, pela técnica desportiva Marli Cassoli.

Nas dependências da instituição de ensino federal já são desenvolvidas as modalidades bocha adaptada, paratletismo e paranatação, com supervisão de professores e acadêmicos do curso de Educação Física, que agora passarão a ter orientação técnica, incremento de equipamentos e materiais com a instauração do Centro de Referência.

 

UFMS já envolve professores e acadêmicos no paradesporto com o “Incluir pelo Esporte”. (Foto: Divulgação)

Campo Grande será uma das 11 cidades brasileiras que terão o Centro. Segundo o CPB, atualmente a base de treinamento paralímpica está em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Uberlândia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Blumenau (SC), Maringá (PR) e Brasília (DF).

A Fundesporte será responsável, entre outras obrigações, pela contratação de profissionais de Educação Física para atuar nos treinamentos no Poliesportivo da Vila Almeida, manutenção de equipamentos e adequação de instalações físicas.

Além de implementar sua metodologia de trabalho, o CPB ficará encarregado de indicar e orientar coordenador técnico quanto ao planejamento estratégico das modalidades, acompanhar o desempenho do Centro por meio de visitas e relatórios mensais, traçando estratégias para o melhor desenvolvimento das atividades; capacitar profissionais e acadêmicos de Educação Física indicados pela Fundesporte por meio de cursos multidisciplinares à distância e presenciais, e   disponibilizar equipamentos para o fomento dos treinos.

Para o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Ferreira Miranda, a instauração do Centro de Referência Paralímpico será um marco para o paradesporto sul-mato-grossense na inclusão de atletas e descoberta de talentos. “O esporte paralímpico é um dos nossos principais focos e terá um impulso técnico com esse suporte do CPB. Mato Grosso do Sul já é uma das referências a nível nacional e, agora, vamos passar a captar e potencializar ainda mais atletas com trabalho de categorias de base qualificado até o alto rendimento”.

O diretor-executivo da Fundesporte, Silvio Lobo Filho, explica que, posteriormente, novas modalidades serão incluídas nos polos. A ideia também é levar uma unidade ao interior do estado. “Queremos reforçar o trabalho que já vem sendo feito e implementar novas modalidades aos polos do Centro, com novos alunos. Vamos trazer pelo CPB técnicos avançados para trabalhar com uma gama de esportes paralímpicos e formar também novos profissionais que queiram se especializar neste segmento”.

No Centro, além do programa de treinamento esportivo e aprimoramento de profissionais, serão catalogadas informações e dados de relevância para o avanço de pesquisas científicas nas áreas de Educação Física, Nutrição, Fisioterapia, Medicina e Psicologia. A produção científica será feita pela UFMS.

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