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Campo Grande decreta situação de emergência devido ao aumento de casos de Síndromes Respiratória

A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência em saúde pública nesta terça-feira (30), em resposta ao crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de etiologia viral. A decisão foi motivada pela sobrecarga nas unidades de urgência e emergência, incluindo as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal e pediátrica e publicada em edição extra do Diário Oficial do município (Diogrande).

O decreto, válido inicialmente por 90 dias e passível de prorrogação, busca enfrentar a elevada taxa de ocupação de leitos, que tem pressionado o sistema de saúde local. A medida autoriza a adoção de todas as ações administrativas necessárias para gerenciar a crise, incluindo a mobilização de recursos e a ampliação da rede de atendimento infantil.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, revelou que entre as medidas do plano de ação estabelecido em resposta ao atual cenário de surto de doenças respiratórias, já em execução, estão a ativação do Centro de Operações de Emergência (COE) para SRAG, a contratação de mais profissionais de saúde e a expansão do número de leitos disponíveis.

Os dados mais recentes indicam que já foram registrados 1.033 casos de SRAG e 68 mortes relacionadas a estas condições somente neste ano no município. “Estamos preocupados com o aumento da internação. A maioria dos internados sofre de complicações respiratórias e os hospitais estão operando em sua capacidade máxima,  “, informou a secretária.

Rosana destacou ainda a importância das medidas preventivas não farmacológicas, como o uso de máscaras por pacientes sintomáticos, a higienização das mãos e a vacinação contra a gripe, para a qual apenas 17% da população local está imunizada. “Isso reacende o alerta para a necessidade de reforçarmos as medidas de prevenção. A vacinação segue sendo nossa ferramenta mais eficaz”, concluiu.

Anderson Adolfo Scipião dos Santos, coordenador da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Campo Grande, explica que o município deve pleitear apoio financeiro federal para enfrentar o surto de SRAG. Após a declaração de emergência na saúde pública do município devido à alta ocupação dos leitos hospitalares, a coordenação prepara-se para formalizar um pedido de suporte ao Governo Federal.

“Nos próximos 10 dias, iremos detalhar ao Governo Federal toda a situação crítica pela qual o município está passando, bem como as necessidades emergenciais que precisamos atender para efetivamente conter este surto”, explicou Scipião. Este movimento é parte do plano estratégico da cidade para garantir recursos adicionais que serão vitais na ampliação e fortalecimento das ações de saúde pública, incluindo o aumento no número de leitos e a contratação de mais profissionais de saúde.

“Este pedido de apoio financeiro surge no contexto do recente decreto municipal que estabelece medidas administrativas para mitigar o impacto do aumento dos casos de SRAG, enfatizando a urgência da situação e a necessidade de uma resposta rápida e eficaz para proteger a população, especialmente crianças e neonatos, que são os mais afetados pela atual crise de saúde”, conclui.