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Caminhoneiros fecham a fronteira do Brasil com a Bolívia

Uma manifestação de caminhoneiros bolivianos fechou a fronteira entre Brasil e Bolívia nesta quinta-feira (28). Na ação, conforme as informações da imprensaa local, os motoristas estão denunciando que grupos indígenas estão fazendo interdições e cobranças ilegais nas estradas do país vizinho, além de furtos de cargas. Por dia, são 300 caminhões que atravessam a linha internacional entre os dois países.

O povo indígena Ayoreo bloqueou quatro pontos em cidades que ficam às margens da rodovia Bioceânica e, de acordo com a Associação de Transporte Pesado de Arroyo Concepción, muitos caminhoneiros estão tendo que pagar pedágio para poder seguir viagem. Além disso, eles relataram que tem havido casos de saques contra os veículos parados.

“Os pontos de bloqueio ficam a 15 km, 58 km, 61 km e 100 km de distância da fronteira com Corumbá. Os indígenas estão impedindo que os caminhões com cargas trafeguem e ainda cobram ‘pedágio’ dos caminhoneiros com valores absurdos que variam entre 100 a 350 bolivianos, o que seria em torno de R$ 75 a R$ 260,00. Ontem à noite, eles saquearam um caminhão carregado com cerveja. Pedimos às autoridades que nos deem uma resposta diante desse problema, enquanto não houver, seguiremos com a fronteira fechada, pois não podemos ser prejudicados. Queremos trabalhar”, disse Angél Saavedra, dirigente da entidade que representa os caminhoneiros, em entrevista à imprensa.

Os manifestantes bloquearam a fronteira à meia-noite de hoje para forçar o Governo Federal da Bolívia a tomar alguma providência. O setor de Transporte de Cargas mantém a fronteira fechada na linha internacional que delimita o território entre os dois países e também no Posto Fronteirizo, que fica do lado boliviano.

Por conta do protesto, dezenas de caminhões estão parados na Bolívia. O bloqueio segue sem prazo para terminar e pegou muitos moradores da região de surpresa.

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