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Bolsonaro celebra videogames mais baratos no caríssimo Brasil para educação e saúde

A incoerência comportamental do presidente da República Jair Bolsonaro frente às redes sociais voltou a ser o assunto do dia neste início de semana. A crise diplomática com a França, a ameaça da Europa de bloquear os produtos brasileiros, o alto índice de queimadas no norte do país, entre tantas outras questões, têm a sua importância completamente ignorada pelo chefe do Governo Federal, que no sentido oposto opta por celebrar a diminuição no preço do console PlayStation 4, da Sony, no mercado brasileiro.

Através da sua rede social preferida, o Twitter, Bolsonaro compartilhou a imagem do site de revenda de jogos eletrônicos IGN, no qual informa sobre a queda no preço de compra do videogame americano, que agora passa a custar R$ 2.399,00 e a sua versão Pro, R$ 2.799,00. Antes do decreto que retirou a cobrança do IPI, o valor do console era de R$ 2.599,00 e R$ 2.999,00 na versão Pro.

O decreto 9.971/2019 estabeleceu novas alíquotas do IPI para consoles sem tela integrada, que caiu de 50% para 40%. No caso de partes e acessórios, a taxa foi de 40% para 32%. Videogames com tela integrada também tiveram redução na alíquota, de 20% para 16%. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 15, após se aprovado pelo Congresso Nacional numa velocidade impressionante.

Na postagem, o presidente colocou o emoji de uma mão com sinal de positivo em tom de celebração ao resultado alcançado pelo seu decreto. Entretanto, a resposta dos usuários não foi positiva. Muitos rebateram a diminuição do imposto para videogames enquanto produtos considerados essenciais para a saúde e a educação continuam sobrecarregados de taxas e sobretaxas. Ao mesmo tempo, várias internautas apoiaram a iniciativa e reafirmaram a confiança no engravatado.

Diante das críticas, Jair Bolsonaro respondeu sua publicação com outro comentário, dessa vez falando sobre o crescimento no número de empregos criados no país no primeiro semestre de 2019. “Já considerando demissões e admissões, de janeiro a julho de 2019, quase meio milhão de novos empregos foram gerados, segundo dados oficiais do CAGED. Nesse primeiro semestre criamos o maior número de postos de trabalho dos últimos 5 anos. Seguimos”, postou.