Bolsonaro abandona o PSL e anuncia criação do partido ‘Aliança pelo Brasil’
Como esperado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, deixou o PSL. Nesta terça-feira (12), ele esteve reunido com parte dos colegas partidários de sua confiança para oficializar a desfiliação e, ao mesmo tempo, tornar público o seu novo partido, chamado Aliança pelo Brasil, ainda em fase de criação.
“Hoje anunciei minha saída do PSL e início da criação de um novo partido: ‘Aliança pelo Brasil’. Agradeço a todos que colaboraram comigo no PSL e que foram parceiros nas eleições de 2018”, escreveu o presidente. O filho dele, deputado Eduardo Bolsonaro, também compartilhou a fundação do novo partido.
ALIANÇA PELO BRASIL
Consolidando o novo rumo brasileiro e libertando definitivamente a pátria da destruição de valores cristãos e morais, anunciamos a criação do partido ALIANÇA PELO BRASIL
Com base sólida conservadora faremos do tsunami de 2018 uma onda permanente 🇧🇷 pic.twitter.com/338xZbmfly
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 12, 2019
Desde 1989 para cá, é a oitava vez que Bolsonaro muda de partido. No período, ele esteve militando pelo PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.
Nos últimos meses, o atual presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, vinha disputando o comando da legenda com o próprio presidente Bolsonaro. O principal interesse na briga interna está no controle de uma verba milionária de fundo partidário ao qual o PSL tem direito. Esse ano a expectativa é que o montante some R$ 110 milhões e, em 2020, chegue a R$ 400 milhões.
Não há dúvida de que o PSL é quem mais perde com a saída de Jair Bolsonaro. Para efeitos de comparação, antes da chegada dele à agremiação, em 2018, a legenda somava apenas um deputado eleito. No pleito daquele ano, graças ao movimento liderado por Bolsonaro, o partido passou a ter a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 52 parlamentares.
O Aliança pelo Brasil ainda não está com o seu estatuto finalizado e a primeira convenção nacional da nova legenda será realizada no dia 21 deste mês. A expectativa é que o Aliança se torne o maior partido do país em número de políticos eleitos, já que uma grande maioria deve acompanhar Bolsonaro no projeto.