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Avenida Duque de Caxias completa três dias de interdição parcial e segue sem previsão para a normalidade

Os manifestantes que estão acampados em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, estão se mobilizando através das redes sociais e grupos de WhatsApp para evitar o encerramento do ato em decorrência da redução de participantes. Em mensagens compartilhadas, os organizadores pedem aos bolsonaristas que fiquem pelo menos por um período do dia no acampamento, que foi montado no canteiro central da via ainda no final da tarde de segunda-feira (31).

Com uma estrutura ‘rica’, o grupo possui três refeições diárias, água e refrigerante, gerador de energia, banheiros químicos e até um guindaste que está sendo usado para hastear a bandeira do Brasil. Como parte do protesto, eles montaram uma barricada de pneus no sentido centro-bairro da avenida, sendo que há apenas uma faixa liberada para tráfego de veículos que seria a de uso exclusivo do transporte público.

Também pelas redes sociais, os participantes do movimento afirmam que não “vão arredar o pé” do local. Eles são eleitores do presidente derrotado nas urnas Jair Bolsonaro (PL), que já aceitou fazer a transição do governo para o vencedor do pleito Lula (PT) e até mesmo pediu publicamente para que os manifestantes encerram os bloqueios nas rodovias e ruas urbanas, destacando que, ao fazerem isso, seus eleitores cometem os mesmos atos da esquerda.

O ponto é o único que ainda persiste em todo o Mato Grosso do Sul, já que as rodovias estão com o trãnsito livre, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na programação para os próximos dias que está sendo compartilhadas pelos líderes do movimento, está previsto um ato chamado de ‘Vigília da Liberdade’, que acontecerá na sexta-feira (04) durante a tarde. Já no final de semana, todos foram convocados para permanecerem no acampamento durante todo o dia.

Até agora, nenhuma ação foi feita pelos órgãos de segurança pública para liberar o fluxo normal da Avenida Duque de Caxias. Mais cedo, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, comentou durante a sessão da Corte Eleitoral que “a democracia venceu” no Brasil e que “não há como se contestar” os resultados. “Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando antidemocráticos, serão tratados como criminosos, e as responsabilidades serão apuradas”, afirmou.

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