Atrasos nas reformas de escolas prejudicaram alunos com TEA e entidade cobra atividades extras
Os adiamentos na entrega das reformas estruturantes de pelo menos 12 escolas públicas municipais de Campo Grande prejudicaram a aprendizagem dos estudantes, especialmente daqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A informação partiu da Pro D TEA, organização que atua na luta dos direitos de autistas, durante reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), na segunda-feira (23).
O objetivo foi solucionar eventuais prejuízos no aprendizado dos alunos da Educação Especial. Os Promotores Oscar Bessa Filho e Paula Volpe ressaltaram a necessidade de estabelecer uma medida de compensação em decorrência dos dias letivos não presenciais.
Diante do quadro, a SEMED comprometeu-se a, a partir do mês de outubro, a oferecer atividades complementares a fim de recuperar as perdas na aprendizagem dos alunos da Educação Especial que frequentam as escolas que receberam as obras.
Ainda conforme o pactuado, será feita uma avaliação diagnóstica destes estudantes, com a posterior aplicação de atividades extras no contraturno das aulas e, em casos específicos, nas chamadas “salas de recursos multifuncionais”.
As reformas das unidades escolares da capital estão sendo realizadas de acordo com um cronograma, que é fruto de um Termo de Ajuste de Conduta firmado entre a Prefeitura e a 67ª Promotoria de Justiça para adequações quanto a acessibilidade.
Sobre os atrasos na conclusão das reformas, a Semed explicou que em 12 escolas “surgiram problemas inesperados”, o que teria ocasionado os atrasos na retomada das aulas presenciais.
A Semed assegurou que as aulas em todas as escolas e creches já retornaram ao normal. Representantes das entidades pediram que as obras não ocorram mais durante o período letivo, a fim de que as aulas não voltem a ser suspensas.