‘Armadilhas’ contra mosquito da dengue recolheram 177 mil ovos em Campo Grande no mês de novembro
As ovitrampas, vasos de plantas que funcionam como armadilhas contra o Aedes Aegypti, recolheram mais de 177 mil ovos do mosquito transmissor da dengue em Campo Grande somente no mês de novembro.
Os números foram apresentados pela supervisora geral de entomologiada Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Sandra Pereira Gomes, que falou na Palavra Livre nesta quinta-feira (09) a convite da Mesa Diretora.
Do total, cerca de 37 mil foram recolhidos somente na região urbana do Bandeira, que compreende bairros como Moreninhas, Universitário, Tiradentes, Rita Vieira, Vilas Boas e Vila Progresso.
“Pegamos todo o território de Campo Grande e criamos áreas de 300 em 300 metros, onde instalamos as armadilhas. Começamos pelo Imbirussu e todas as regiões foram contempladas. Elas são instaladas estrategicamente na casa do morador durante sete dias”, explicou.
As armadilhas são compostas por vasos de plantas com uma palheta de madeira que funcionam como armadilhas para capturar os ovos do Aedes Aegypti, possibilitando definir com exatidão as regiões da cidade que precisam de ações mais intensas contra o mosquito transmissor da dengue.
Elas são colocadas em imóveis pré-definidos, após autorização do proprietário, onde permanecem por, pelo menos, sete dias. Depois, são levadas a laboratório para contagem dos ovos.
Ainda conforme a especialista, foram 2017 ovitrampas distribuídas na cidade, a 300 metros de distância uma da outra, simulando o ambiente perfeito para a proliferação do mosquito, pois contêm água parada. Nele, os pesquisadores colocam a palheta de madeira.
Pela quantidade de ovos recolhida, ou ausência deles, foi possível definir ações de combate para cada região da cidade. A experiência já foi realizada com êxito em diversos municípios brasileiros e ajudaram as secretarias municipais a conter a proliferação do Aedes Aegypti.