Araras usadas para selfie em pesqueiro são resgatadas com asas cortadas
O Ibama resgatou três araras-canindés de um pesqueiro em Dourados (MS). Os animais estavam com asas cortadas e com outros sinais de maus-tratos. O dono do local onde as aves foram encontradas nega os crimes ambientais.
Conforme as informações do Ibama, as aves, que estão ameaçadas de extinção, eram utilizadas com fim comercial. Os turistas que iam ao local faziam selfie com as araras.
Assim que chegaram ao pesqueiro, os agentes do Ibama encontraram as araras presas em gaiolas. Segundo apurado, as aves eram usadas como atrativo para turistas que tiravam fotos e postavam nas redes sociais.
O dono do local foi multado em R$ 39 mil, por três infrações ambientais. Veja abaixo quais são:
- R$ 15 mil, por ter em cativeiro animal silvestre sem autorização;
- R$ 15 mil, por explorar uso comercial da imagem de animal silvestre;
- R$ 9 mil, por praticar abuso e maus-tratos.
As aves foram encaminhadas ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande.
O dono do pesqueiro negou os maus-tratos. O empresário também disse que as aves sofriam maus-tratos e disse que não explorava os animais como uma atração do local.
Conforme o proprietário, duas das três araras foram compradas com autorização e possuem documentos que comprovam que ele poderia manter os animais no local. A terceira arara encontrada no pesqueiro, ainda segundo o empresário, pertencia a um cliente, que pediu para que a ave ficasse naquele espaço.