Após novo aumento, custo da cesta básica em Campo Grande se aproxima dos R$ 750,00
Campo Grande apresentou o terceiro maior aumento do País no custo da cesta básica em maio. A informação é do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), através da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nessa quinta-feira (06).
A capital de Mato Grosso do Sul registrou elevação de 2,15% no preço, saltando de R$ 732,75 em abril para R$ 748,48, em maio. No ranking da pesquisa, composto por 17 capitais, Campo Grande aparece com a quinta cesta básica mais cara. O valor representa 57,31% de um salário mínimo atual.
Ao longo deste ano de 2024, o custo da cesta subiu 7,28% em Campo Grande e, nos últimos 12 meses, o reajuste foi de 3,37%. Ainda conforme os dados, são necessárias 116h37 de trabalho para conseguir comprar o conjunto de alimentos. O valor da cesta para uma família composta por quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) é de R$ 2.245,44.
Preço dos Produtos
A batata (44,32%) fez com que o tubérculo registrasse a variação mais expressiva entre os itens que compõem a cesta básica. No intervalo de um ano, o quilo do tubérculo passou de um preço médio de R$ 4,50 para R$ 10,03, variação de 122,89% – a maior registrada entre as capitais pesquisadas pelo DIEESE
Completaram um trimestre de altas os preços do tomate (10,90%) e do leite de caixinha (8,49%). O preço da manteiga (0,79%) acompanhou a alta do leite, e com o novo aumento do café (3,10%) os itens matinais demandaram mais 40 minutos de trabalho em maio para serem adquiridos na capital, em relação a abril.
O arroz agulhinha (7,68%), a carne bovina (2,28%) e o óleo de soja (1,91%) foram outros alimentos a registrar alta nos preços. Em 12 meses, somente o arroz registrou variação positiva (33,40%), pois o preço médio de um quilo do produto passou de R$ 4,73, em maio de 2023, para R$ 6,31 em maio de 2024.
O levantamento indicou também que os preços de farinha de trigo (0,00%) e do pãozinho francês (0,00%) não registraram variação no mês de maio na Capital, permanecendo na média de R$ 4,00 o quilo do cereal e R$ 16,32 o do pão. Em 12 meses, a farinha registrou retração de (-16,19%) e o pãozinho, alta de 1,37%.
A banana-nanica, que chegou a ser encontrada a R$ 2,99 o quilo, contribuiu para a segunda retração consecutiva no preço da banana (-19,44%). Na comparação com maio de 2023, o percentual acumulado é negativo (-2,39%), situação que pode se manter dada a perspectiva do avanço da safra da banana-prata.
O feijão carioquinha (-7,59%) completou um trimestre de retração de preços no quinto mês do ano. Após ultrapassar o preço médio de R$ 9,00 em fevereiro, o valor ficou na casa dos R$ 7,00 em maio, com tendência de retração graças à boa oferta da segunda safra do grão.
O açúcar cristal (-0,51%) apresentou retração de preços, processo que havia sido interrompido em abril. Em maio, observou-se crescimento na produção do adoçante em função do aumento de usinas produtoras em operação.