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Após impasse, empresa anuncia doação de usina fotovoltaica para a Arquidiocese

Acordo fimrado na manhã desta quinta-feira (29) entre a Arquidiocese de Campo Grande e uma empresa de energia solar resultou na doação de uma usina de geração fotovoltaica que irá abastecer a um total de 328 igrejas na Capital, Corguinho, Rochedo, Jaraguari, Bandeirantes, Terenos, Ribas do Rio Pardo e Sidrolândia.

A informação foi confirmada pelo padre Wagner Divino de Souza, que foi nomeado como o interventor pela Cúria Metropolitana no processo contra a empresa que, até então, alegava não ter condições para assumir o projeto, orçado e pago no valor de R$ 3,5 milhões.

Em uma reunião amigável, as partes entraram em acordo e a empresa decidiu pela doação do polo de geração de energia sustentável para a Arquidiocese. Além disso, eles se comprometeram em assumir todo o empréstimo feito pela igreja que foi utilizado para pagar a usina fotovoltaica à vista.

Ainda conforme o padre, no noco acordo ficou decidido que a usina deve ser entregue no prazo máximo de seis meses a contar da data de hoje, quando o documento foi assinado.

O caso

A Arquidiocese de Campo Grande entrou na Justiça contra uma empresa do ramo de energia solar que não conseguiu concluir o projeto de instalação de uma usina de geração fotovoltaica para abaster as igrejas. O projeto começou em setembro de 2021, logo após a Cúria ter contratado um empréstimo bancário de R$ 3,5 milhões para financiar a construção do polo de energia limpa.

Em uma carta aberta divulgada pela Arquidiocese na última sexta-feira (23), o bispo Dom Dimas Lara Barbosa explicou a situação e pediu aos fiéis para que orem e participem das ações que ainda serão realizadas pela igreja para ajudar a pagar a divida criada pelo projeto que, até então, não saiu do papel.

Do total financiado, a maior parte, de R$ 3,3 milhões, foi usada apenas para pagar os serviços da empresa de energia solar enquanto que outros R$ 200 mil foram para custear as obras de terraplanagem e a supressão vegetal da área onde seria construída a usina.

Acontece que a empresa contratada pela Cúria Metropolitana não construiu a usina de geração fotovoltaica de 1MWp no prazo contratual de 270 dias, previsto a partir da liberação do empréstimo bancário. Um acordo entre as partes chegou a ser firmado alterando o cronograma inicial, mas a obra não avançou e foi suspensa.

A empresa contratada sustentou que o cenário pós-pandemia afetou a importação dos materiais necessários à implementação da usina. O padre Wagner, que foi nomeado como o interventor, disse que Arquidiocese buscava um acordo com a empresa, tendo entre as possibilidades a rescisão amigável do contrato com a devolução de valores e também a conclusão da obra dentro de um novo prazo.

A expectativa da igreja católica é que, com a usina de energia solar, seja possível reduzir os valores pagos nas contas de luz por parte das igrejas, capelas, santuários e demais imóveis religiosos adminsitrados pela Cúria Metropolicana.

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