Após AVC, Papa Francisco teve um quadro de insuficiência cardíaca irreversível, explica Vaticano
O Vaticano confirmou a causa da morte de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, como sendo decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível. As informações foram divulgadas à imprensa no início da tarde dessa segunda-feira (21), horas após o falecimento do pontífice, aos 88 anos.
Ainda segundo consta, durante a madrugada Francisco sofreu um AVC e entrou em coma, onde sofreu um colapso cardiocirculatório irreversível, às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília). Para os médicos, isso foi provocado pela pneumonia bilateral e bronquiectasias múltiplas, além da hipertensão e diabetes tipo 2.
Ele estava em seu apartamento, na residência de Santa Marta, na Cidade do Vaticano, onde vivia desde sua eleição em 2013. Após sofrer o AVC, realizou um exame de eletrocardiograma, que confirmou o óbito. Antes da morte, Francisco esteve internado por 38 dias em razão de pneumonia que afetou os seus dois pulmões.
Cerimônias
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do antecessor e o primeiro jesuíta.
As cerimônias fúnebres de Francisco seguirão uma série de ritos e começam já nas próximas horas desta segunda-feira, segundo o Vaticano. Os horários a seguir estão no horário de Brasília:
- 14h: missa de sufrágio pelo papa Francisco. Cerimônia ocorrerá na Basílica de São João de Latrão, em Roma, e será realizada pelo cardeal Baldo Reina.
- 15h: ritos de constatação da morte e deposição do corpo de Francisco no caixão. A cerimônia ocorrerá na capela privada do papa e será presidida pelo camerlengo Farrell.
- Na manhã de quarta-feira (23), o corpo do papa será levado para a Basílica de São Pedro, em Roma, para que fiéis possam prestar a última homenagem ao papa.
Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A última vez que isso aconteceu foi em 1903, com o enterro do papa Leão XIII.