Advogado diz que motorista não viu cachorro amarrado em veículo e classifica o caso como ‘um acidente’
Flagrado pelas câmeras de segurança de diferentes imóveis do bairro Vila Nhanhá, em Campo Grande, puxando um cachorro arrastado vivo no asfalto, o motorista do veículo, de 20 anos e identidade preservada, irá se apresentar à polícia na próxima segunda-feira (18). A informação é do advogado Bruno Tamaciro, que o está representando. Em entrevista por telefone ao site MSHoje, ele disse que o caso, na verdade, se trata de um acidente doméstico.
De acordo com a versão do motorista, relatada pelo seu advogado, o cachorro tem o nome de Thor e é de estimação da família. “Ele [o motorista] não sabia que o cachorro estava amarrado no seu carro. Naquele dia, sua avó prendeu a coleira do cachorro no rabicho do carro e, sem ter visto isso, o jovem saiu com o veículo para ir até uma oficina mecânica distante cerca de duas quadras da casa”, relatou.
Essa versão também foi dada ao delegado responsável pelo caso, Maércio Alves Barbosa, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat). “Ele não sabia que puxava o cachorro”, reafirmou o advogado, alegando que o cliente não fez o ato de forma proposital, conforme foi denunciado nas redes sociais por testemunhas, mas que foi algo acidental. “Não houve qualquer tipo de crme”, defendeu.
Ainda de acordo com o advogado, o motoristta só tomou ciência dos fatos quando chegou na oficina e encontrou o cachorro ferido e a coleira amarrada no rabicho.”Ele nem deixou o carro na oficina, imediatamente foi levar o cachorro para a clínica veterinária. O cachorro está com a família há pouco mais de um ano e ele adora o bicho. Já foi medicado e agora está bem, sem lesões graves ou ferimentos comprometedores”, assegurou o profissional.
Para ele, embora o caso tenha gerado muita comoção nas redes sociais, tudo não passou de um acidente doméstico. “Foi uma fatalidade. Ele não teve a intensão de provocar. Quem que vai sair com o carro puxando o seu próprio animal de estimação por duas quadras? Ele nem estava em alta velocidade, conforme foi noticiado por alguns sites, talvez no máximo 40 km/h”, defendeu o profissional, reafirmando que o cliente irá se apresentar na delegacia de polícia na manhã de segunda-feira (18).
O caso ainda está sendo invetigado, apesar da versão do motorista, ele ainda pode responder pelo crime de maus-tratos contra animais.
O vídeo do veículo puxando um cachorro pelas ruas do bairro Vila Nhanhá ganhou repercussão na internet na última segunda-feira (11), após uma testemunha compartilhar o vídeo de uma câmera de monitoramento com uma página de ONG de proteção animal.
O cachorro estava vivo e tentava correr para acompanhar a velocidade do carro, mas, em alguns momentos acabava caindo e era arrastado, deitado no asfalto. Diante dos fatos, a Decat abriu uma investigação por maus-tratos contra o animal e passou a procurar pelo motorista do carro.